A operação intrincada para tirar brasileiros da Ucrânia

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Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O plano preparado pelo Itamaraty para evacuar os cerca de 500 brasileiros que estão na Ucrânia envolve uma cooperação internacional com ao menos quatro países aliados do Brasil na região do leste europeu.

O principal deles deve ser a Polônia, país que possui uma das maiorias fronteiras com o território ucraniano e que tem histórico de cooperação recente com o Brasil para a repatriação de brasileiros.

Fontes do Itamaraty lembram que a mais recente ajuda da Polônia ocorreu durante o resgate de brasileiros que estavam na cidade de Wuhan, na China, em fevereiro de 2020, no início da pandemia.

Na época, a Polônia foi o único país que aceitou que o avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que transportava os brasileiros fizesse uma escala. A parada foi feita em Varsóvia, capital polonesa.

Além da Polônia, o governo brasileiro negocia uma cooperação com a Romênia, a Hungria e a República Tcheca para evacuar brasileiros da Ucrânia. Os dois primeiros países também fazem fronteira com os ucranianos.

Segundo apurou a coluna, o plano esboçado pelo Ministério das Relações Exteriores envolve transportar os brasileiros até um desses países europeus por terra e, de lá, iniciar a transferência aérea para o Brasil.

A possibilidade de fazer um resgate totalmente via aérea ainda não está completamente descartada pela embaixada do Brasil em Kiev, mas é considerada mais difícil, pois o espaço aéreo ucraniano segue fechado.

O plano esboçado pelo Itamaraty deve incluir a retirada de cidadãos de outros países da América do Sul que pediram ajuda ao Brasil nas últimas horas. Entre eles, de Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Os detalhes do plano foram apresentados pelo ministro das Relações Exteriores brasileiro, Carlos França, ao presidente Jair Bolsonaro durante reunião no início da noite de quinta-feira (24/2), no Palácio da Alvorada.

Apesar do planejamento, ainda não há previsão de quando o plano de evacuação dos brasileiros da Ucrânia será posto em prática. A demora tem gerado medo e reclamações de brasileiros que estão na capital Kiev.

Metrópoles