Bolsonaro finge revolta com alta dos combustíves

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Na tarde desta sexta-feira, 25, em um evento sobre o Inmetro, o presidente Jair Bolsonaro aproveitou seus minutos de discurso para atacar e questionar o salário de Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras, relembrando em muito o início de processo de fritura do ex-presidente da empresa Roberto Castello Branco. O pano de fundo segue sendo o mesmo: o preço dos combustíveis. “O diretor ganha 110 mil por mês. O presidente, mais de 200 mil por mês e no final do ano ainda tem alguns salários de bonificação. Os caras têm que trabalhar. Têm que apresentar a solução e mostrar o que está acontecendo. ‘Ah, a gasolina tá alta’. Cai no meu colo. Eu não tenho como interferir na Petrobras, mas cai no meu colo”, disse.

Apesar dos ataques, o mercado não deu muita bola para as falas. “Bolsonaro, assim como os outros candidatos, já está em campanha. Se ele sinalizasse em direção ao congelamento de preços, por exemplo, seria outra história, mas o mercado vai começar a relativizar o que os candidatos dizem”, avalia Rodrigo Knudsen, gestor da Vitreo. As ações da estatal fecharam o dia em alta de 1,44%. Embora o petróleo brent tenha cedido 0,61% nesta sexta-feira, o atual patamar de 95 dólares ainda é considerado bastante elevado. Os investidores, o que inclui o governo, também não podem reclamar muito depois do anúncio de distribuição de lucros de 100 bilhões de reais.

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