Bolsonaro negou recursos para obras contra enchentes em SP

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Foto: Rivaldo Gomes/Folhapress

A gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) negou um pedido de verba feito pelo governo paulista para a construção de piscinões na Grande São Paulo. O pedido foi feito em fevereiro de 2020, quando a região foi atingida por fortes chuvas. Dois anos depois, a área voltou a ser atingida e, até o momento, ao menos 24 pessoas morreram em razão de desabamentos e deslizamentos decorrentes das chuvas.

Em documento datado de 13 de fevereiro de 2020, o secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, escreveu ao Ministério do Desenvolvimento Regional que, a rede de drenagem paulista, “apesar de robusta, não está completa”.

“E se faz urgente a sua expansão, em virtude da mudança no regime de chuvas que tem trazido volumes de água que extrapolam a capacidade de armazenamento e manutenção dos principais rios dentro dos seus respectivos leitos”, completou que Penido, dizendo ainda que as ocorrências naquele momento demonstravam “a urgência nas ações para ampliação do sistema”.

Foram solicitados cerca de R$ 381 milhões para cinco obras para reservatórios de detenção e controle de cheias nas cidades de Mauá, Franco da Rocha, Guarulhos e na capital.

Em abril de 2020, a SNS (Secretaria Nacional de Saneamento), estrutura do ministério, disse que, naquele momento, não existia “dotação orçamentária disponível para novas seleções em virtude das restrições fiscais enfrentadas pelo governo federal”.

Mas deu, como sugestão, a Lei Orçamentária Anual, que segundo o SNS, poderia “destinar recursos para emendas parlamentares, por iniciativa dos congressistas”. “Outra possibilidade é a obtenção de recursos onerosos, por meio de cadastro de novos projetos em diversas modalidades, com recursos provenientes do FGTS e disponíveis em processo de seleção contínua.”

Dos cinco piscinões previstos pelo governo paulista, dois ficariam em Franco da Rocha, a cidade com o maior número de mortos em decorrência das chuvas do último fim de semana.

O UOL pediu um posicionamento ao Ministério do Desenvolvimento Regional sobre o pedido negado em 2020, mas obteve apenas uma resposta sobre recursos solicitados este ano após a tragédia.

Em razão das recentes chuvas no estado, o governo paulista voltou a solicitar mais verba para Brasília. Desta vez, foram pedidos R$ 471,8 milhões.

O dinheiro serviria para atendimento aos municípios e ajuda às famílias impactadas em cidades como Rancharia, Ribeirão Preto, Arujá, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itupeva, Jaú, Presidente Venceslau, Rafard, Várzea Paulista, Monte Mor e Itapevi.

Em nota, o ministério disse que recebeu o documento e que ele será analisado. “A respeito do ofício encaminhado pelo Governo Estadual de São Paulo, requerendo R$ 417 milhões para intervenções emergenciais nas localidades afetadas pelas fortes chuvas, o MDR informa que recebeu o documento e que o mesmo será analisado.”

Em visita à região ontem, o ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse que o pedido feito pela gestão João Doria (PSDB) trata principalmente de obras de contenção, não de ações emergenciais. Por isso, segundo ele, as necessidades dos municípios serão tratadas diretamente com os prefeitos.

Bolsonaro que também visitou a região afirmou considerar que “faltou alguma visão de futuro” por parte de “quem construiu” residências nas áreas de risco das cidades atingidas pelas chuvas.

Uol  

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