Megainvestidor ataca Dilma e poupa Lula

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Foto: Egberto Nogueira/Ímãfotogaleria

Um dos maiores fundos de investimento do país, o Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, emitiu um posicionamento duro contra o governo. “Nem bem o ano começou, e os votos de felicidade, saúde e prosperidade já parecem ter se esvaído, na bruma populista e eleitoreira”, começa a nota do fundo, assinada pelo economista-chefe, Daniel Leichsenring, que critica as decisões do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, em torno das políticas para o ano de 2022. “Em praticamente todas as áreas de atuação, o que se viu foi um desastre. Da ação deliberada de atrasar a vacina e jogar insistentemente contra, com o suprassumo das fake news antivax, à política econômica. No entanto, ao invés de rever, o governo acena com a aceleração dos erros”, aponta o posicionamento.

O fundo aponta ainda que, na esfera econômica, o Ministério da Economia trabalha “em marcha forçada para a destruição do teto de gastos, em parceria com o chefe do Executivo e demais da ala política e do Congresso”. “Começou com o ‘meteoro’, acabou com a destruição completa da credibilidade do teto de gastos e da Lei de Responsabilidade Fiscal, alterados para acomodar um volume extraordinário de gastos a mais com o fundo eleitoral e as emendas parlamentares, sob a esfarrapada desculpa de atender aos mais pobres com o Auxílio Brasil”, diz o posicionamento.

O fundo aponta ainda que, no afã de tentar reverter a absoluta impopularidade de seu governo, o governo esqueceu os ditames em torno da responsabilidade fiscal e compara a atual política econômica com a engendrada por Dilma Rousseff, do PT. “O presidente revela um plano infalível: reduzir a tributação sobre os combustíveis e energia elétrica. Durante os anos ‘dourados’ da dupla dinâmica Dilma-Mantega, foram várias incursões no terreno da desoneração de curto prazo, temporárias”, afirma. “No final, são irmãos gêmeos, separados no nascimento”, conclui. O fundo ainda coloca na conta do governo a alta da inflação, que leva “milhões para a pobreza”.

“Qual a mensagem para o Congresso? O guardião do cofre abriu a porta, venham com qualquer proposta que tenha algum benefício eleitoral que será contemplada. Que venham as desonerações, a correção da tabela do IR, as pressões por reajustes de salários da elite do funcionalismo público com força política”, diz o texto. “A irresponsabilidade fiscal virou a regra. Quando o presidente quer e o ministro da Economia autoriza, não será o Congresso a instituição que evitará o abismo fiscal eleitoreiro”.

O Fundo Verde coloca ainda um ponto final no governo de Jair Bolsonaro — e crítica a leniência do empresariado com as políticas da gestão. “O governo Bolsonaro chega ao fim de maneira praticamente indistinguível do governo Dilma do ponto de vista econômico, bem como o ministro da Economia converge para o ministro da Fazenda que gerou o maior desastre econômico de que se tem registro. De maneira semelhante, é chocante ver o silêncio das associações de classe empresariais sobre essas desonerações.
Infelizmente, não é surpresa, são os mesmos que clamaram pelas intervenções do governo Dilma — fechamento da economia, incentivos, desonerações e redução forçada do custo de energia”, diz a nota.

“A Terra é mesmo plana. Oxalá que as pessoas de bem acabem por perceber que este caminho traçado pelo governo será tão desastroso na economia quanto o implementado no governo do PT”, diz o posicionamento. “Ainda há tempo para barrar essa proposta e de encontrar uma alternativa política viável para o Brasil”, diz a última linha da carta de Stulbherger. Curiosamente, apesar de desancar o governo da petista Dilma Rousseff, o texto não cita o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à Presidência da República.

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