França compara Doria a Jânio Quadros

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Foto: Adriano Vizoni/Folhapress

O ex-governador Márcio França (PSB), pré-candidato ao Governo de São Paulo, compara João Doria (PSDB) ao ex-presidente Jânio Quadros.

O tucano comunicou na quarta-feira (30) ao vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que tinha desistido da campanha nacional e que permaneceria no cargo de governador.

Nesta quinta-feira (31), no entanto, Doria disse à coluna Mônica Bergamo que a decisão de permanecer no cargo e desistir da candidatura à Presidência da República não está sacramentada —e possivelmente sequer será concretizada.

Doria anunciará seus planos às 16h desta quinta-feira (31), no Palácio dos Bandeirantes. Ele dirá se desistirá de concorrer à Presidência da República, se continuará no cargo de governador de São Paulo e se disputará a reeleição. Ele também tratará da sua permanência ou não no PSDB.

Em agosto de 1961, Jânio Quadros surpreendeu seus aliados e entregou uma carta de renúncia à Presidência. O senador Lino de Mattos (PSP-SP), da base governista, narrou em entrevistas posteriores que tentou rasgar o documento que seria entregue ao Congresso, mas não teve sucesso.

Segundo historiadores, Jânio acreditava que a renúncia não seria aceita pelos parlamentares e pelo povo, e então ele voltaria ao cargo, mas com mais poder. No entanto, a renúncia foi assimilada e os debates passaram a se concentrar nas condições de posse do vice-presidente João Goulart.

Para França, o ministro Tarcísio de Freitas (PL), aliado de Jair Bolsonaro (PL), seria o maior prejudicado por uma eventual decisão de Doria em concorrer novamente ao cargo de Governador de São Paulo.

“Ele trava o crescimento do Tarcísio. Hoje o Doria tem 20% [de intenção de votos]. Empata comigo”, afirma o ex-governador.

Folha