Lula vai discutir candidaturas do MST em outubro

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Foto: Divulgação MST

O ex-presidente Lula marcou uma reunião com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para discutir o plano eleitoral do grupo neste ano e cenário político em 2022. O encontro, que terá lideranças e parte dos candidatos do MST, acontece neste mês.

Pela primeira vez em sua história, o movimento decidiu fazer uma articulação nacional para emplacar seus membros no Legislativo. Sete militantes concorrerão a vagas na Câmara Federal e cinco, a cargos nas Assembleias Legislativas dos Estados, todos pelo PT.

As filiações ao partido de Lula já estão em curso. Nesta sexta-feira, Rosa Amorim se filia ao PT de Pernambuco para concorrer ao posto de deputada estadual. Entre as presenças confirmadas no evento está a do ex-ministro Gilberto Carvalho. Nesta quinta-feira, Mariana dos Santos, que concorrerá a uma vaga de deputada estadual no Rio, se filiou à legenda.

O ex-ministro Celso Amorim estava entre os confirmados, mas faltou devido às viagens que fez nas últimas semanas. Ele enviou um vídeo em que disse que é “importante eleger bancadas que ajudem o governo federal a atuar como deve”. Na semana que vem será a filiação de Valdir Misnerovicz, que concorrerá ao cargo de deputado federal por Goiás.

Dirigentes do partido apontam três motivos que levaram o MST a organizar candidaturas no âmbito nacional: avaliam que o movimento conseguiu falar fora de sua bolha desde o impeachment de Dilma Rousseff e que se tornou reconhecido na luta pela democracia, além da aproximação com Lula após sua prisão, por ter articulado a vigília em Curitiba e capitaneado ações pela liberdade do petista. O MST também entende que é necessário levar para o parlamento segmentos dos movimentos sociais.

— Diante de um Congresso Nacional que está legislando para desmontar o país, a estrutura agrária e agrícola, a agricultura familiar e direcionando o orçamento público para o Centrão, aliado a um governo que ameaça a democracia, resolvemos fazer uma disputa eleitoral à altura desse momento — disse Alexandre Conceição, coordenador do escritório do MST em Brasília, que acompanha as candidaturas do movimento.

O Globo