Resolução da ONU culpa Rússia por “crise humanitária”

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A assembleia da ONU aprovou nesta quinta-feira (24) a resolução que responsabiliza a Rússia pela crise humanitária na Ucrânia – o texto prevê ainda o envio de ajuda humanitária ao país. Foram 140 votos a favor, 5 contra e 38 abstenções. O Brasil votou a favor da medida. A segunda resolução, que eximiria a Rússia da crise, proposta pela África do Sul, não chegou a ser votada após ser rechaçada por 67 países. Acompanhe ao vivo acima à programação da CNN.

Embora não vinculativas, as resoluções da assembleia têm peso político. Na quarta-feira (23), a embaixadora dos Estados Unidos, Linda Thomas-Greenfield, disse aos países membros da Assembleia-Geral que, ao votar a favor da resolução, que pede em parte a cessação imediata das hostilidades da Federação Russa na Ucrânia, eles estão “votando a favor do fim da guerra”.

Também hoje, dia em que a guerra completou um mês, o secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, anunciou que os líderes da organização decidiram em reunião dar mais apoio à Ucrânia e enviar tropas para Bulgária, Romênia e Eslováquia, países vizinhos. O encontro entre as lideranças aconteceu em Bruxelas.

Stoltenberg destacou ainda que a Otan se prepara para longo prazo e aumentará seu apoio para todos os países ameaçados pelos russos. Ele também afirmou que a China deve utilizar a sua influência na região para “promover a paz” e pressionar Vladimir Putin para acabar com a guerra.

Os líderes aprovaram nossas 4 novas tropas na Bulgária, Romênia e Eslováquia. Serão adicionais às que estarão nos Países Bálticos e na Polônia. Portanto, serão 8 tropas da Otan posicionadas do Mar Báltico ao Mar Negro

Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan
O possível uso de armas químicas pela Rússia foi destacado por Stoltenberg como motivo de preocupação. Segundo ele, a utilização deste tipo de armamento mudaria a natureza da guerra. O secretário-geral disse que a Aliança está fazendo tudo para evitar entrar no confronto.

Qualquer tipo de uso de armas químicas totalmente alterará a natureza do conflito e implicará em consequências disseminadas. É um risco de efeito direto ao povo vivendo em países da Otan, pois pode ter contaminação de resíduos de armas químicas

Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan

CNN