Bolsonaro tentará melar acordo do TSE com o WhatsApp

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Foto: Adriano Machado/Reuters

O presidente Jair Bolsonaro recebe nesta quarta-feira representantes da Meta, empresa que controla o WhatsApp, para discutir o acordo do aplicativo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de só permitir a criação de grupos com milhares de pessoas após as eleições em outubro. O objetivo disso é colaborar com o combate às fake news durante a campanha. O titular do Planalto reagiu dizendo que ao compromisso era “inaceitável” e que não deveria ser cumprido.

O encontro com os responsáveis pelo WhastApp ocorrerá nesta manhã no Palácio do Planalto em uma agenda com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, encarregado por Bolsonaro de tratar do tema.

O presidente já declarou que se o WhatsApp poderia fazer um acordo com o TSE, a plataforma também poderia fazer com ele.

— Já conversei com o (ministro das Comunicações) Fábio Faria. (Ele) vai conversar com representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar (o acordo). Se ele (WhatsApp) pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não? — disse Bolsonaro, em entrevista à CNN Brasil, durante o feriado de Páscoa no Guarujá.

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O compromisso do WhatsApp com o TSE foi firmado em janeiro durante uma reunião entre o então presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso (hoje Edson Fachin comanda a Corte), e o chefe internacional do WhatsApp, Will Cathcart, para debater as ações que serão implementadas pelo aplicativo de mensagens para combater notícias falsas e apoiar o processo eleitoral no Brasil neste ano.

A principal mudança anunciada pela empresa, que já será implementada em diferentes países, é a incorporação na plataforma da funcionalidade Comunidades, que permite a criação de subgrupos dentro de um grupo principal, para a discussão de diferentes temas. O usuário, ao ingressar em uma comunidade, poderá ver quais temas estão sendo abordados nas diferentes salas de bate-papo, escolhendo em qual quer ingressar. Os administradores dos grupos terão o poder de aceitar e excluir participantes das diferentes conversas e poderão também enviar avisos a todos os usuários.

O Globo