Freixo lidera eleição no Rio, Castro é o segundo

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O deputado federal Marcelo Freixo (PSB) e o governador Cláudio Castro (PL) lideram as intenções de voto para a disputa pelo Governo do Rio de Janeiro, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (7) pelo Datafolha.

O primeiro levantamento do instituto no estado para esta eleição mostra Freixo com 22% e Castro com 18% das intenções de voto no cenário mais provável até aqui para a disputa eleitoral em outubro.

A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, o que os coloca em situação de empate técnico.

Os demais candidatos neste cenário estão quase todos em empate técnico: o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT), com 7%, Eduardo Serra (PCB), com 5%, Cyro Garcia (PSTU), com 4%, o ex-presidente da OAB Felipe Santa Cruz (PSD), 3% e o deputado federal Paulo Ganime (Novo), com 2%.

O deputado Marcelo Freixo e o governador Cláudio Castro, em montagem
O deputado Marcelo Freixo e o governador Cláudio Castro, em montagem – Ricardo Borges/UOL e Governo do Rio de Janeiro
De acordo com a pesquisa, um terço dos eleitores (33%) declarou pretender anular o voto em outubro. Outros 7% afirmaram ainda não saber em quem votar.

O levantamento foi realizado entre terça (5) e quinta (7), e entrevistou 1.218 eleitores no estado. Ele está registrado no TSE sob o número RJ- 05998/2022.

A pesquisa espontânea, em que não é apresentado nenhum cenário ao eleitor, mostra que poucos estão mobilizados para a eleição estadual. Freixo aparece com 5% neste levantamento, contra 4% de Castro. O ex-presidente Lula, que deve concorrer à Presidência, aparece com 2% e Rodrigo Neves (PDT), 1%.

O candidato do PSB tem construído sua pré-campanha associada ao ex-presidente Lula. Ele tentou, ainda sem sucesso, formar uma frente ampla que reunisse, além de partidos de esquerda, siglas do centro como o PSD do prefeito da capital, Eduardo Paes.

Segundo a pesquisa, Freixo tem melhor desempenho entre os eleitores com ensino superior completo (36% neste cenário) e renda familiar acima de dez salários mínimos (39%). Tem um dos piores resultados entre os entrevistados evangélicos (13%).

Paes, no entanto, optou até o momento em aliar-se ao PDT. O acordo anunciado é de que os dois partidos definirão entre Neves e Santa Cruz como o candidato do grupo ao governo.

Castro, por sua vez, aposta em associar sua imagem à do presidente Jair Bolsonaro para conseguir a reeleição. Ele também tem o apoio de políticos tradicionais do estado, como a família do ex-governador Anthony Garotinho (União Brasil) e do ex-governador Sérgio Cabral.

O governador tem o melhor resultado na pesquisa entre eleitores com renda familiar entre dois e cinco salários mínimos (22%) e na faixa imediatamente superior, de cinco a dez salários mínimos (20%).

O Datafolha também testou um cenário mais polarizado, com nomes que foram cogitados para a disputa, mas ainda sem viabilidade concreta. Foram incluídos nesta pesquisa Garotinho, o presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano (PT), e o ex-ministro general Santos Cruz (Podemos).

Freixo e Castro permanecem empatados na liderança neste cenário. Mas tem, cada um, quatro pontos percentuais do que no cenário mais provável de se reproduzir em outubro —18% e 14%, respectivamente.

O governador é o que estaria em posição mais delicada, caso este cenário pulverizado se concretize. Garotinho aparece com 7% das intenções de voto.

O ex-governador lançou sua pré-candidatura pela União Brasil, mas nos bastidores é dito que o movimento foi feito apenas para pressionar Castro a ampliar seu espaço num eventual segundo mandato.

Neves aparece com 5%, Serra e o general Santos Cruz, 4%, Cyro Garcia, 3%, Ceciliano e Santa Cruz, 2% e Ganime com 1%. Neste cenário, 30% declararam que anulariam o voto e 9% disse que não saberia em quem votar.

Ceciliano é pré-candidato ao Senado pelo PT na chapa de Freixo. Contudo, movimentou-se discretamente para tentar avaliar a viabilidade de uma eventual pré-candidatura ao Palácio Guanabara. Por enquanto, não há sinais de que a iniciativa irá vingar.

Santos Cruz foi cogitado por Sergio Moro para construir um palanque no Rio de Janeiro. O general, porém, resistia ao convite que se tornou ainda mais improvável com a mudança do ex-juiz do União Brasil para o Podemos.

Datafolha