Ministro das Comunicações: ‘Bolsonaro atrapalha ‘um pouco’ o governo’

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O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou nesta quinta-feira (28) que as declarações fortes do presidente Jair Bolsonaro (PL) “atrapalham um pouco” o governo, mas o chamou de “grande comunicador”.

“O que ele [Bolsonaro] fala é o que gera notícia. Ele consegue dominar a pauta, o que o torna um grande comunicador. Agora, isso me atrapalha um pouco porque quero vender o governo e muitas vezes a palavra dele é tão forte que fica acima de qualquer entrega”, disse o ministro ao UOL News.

O presidente Jair Bolsonaro em encontro com parlamentares no Planalto – Antonio Molina-27.abr.22/Folhapress
“Se a gente for com ele ao Piauí e ele fizer algum gesto, a entrega fica em segundo plano, mas ele é assim. Ele não é moldado.”

Segundo o ministro, “onde Bolsonaro vai, tem muita gente que gosta de ouvir” porque ele diz a verdade e as pessoas percebem.

Faria também comentou sobre o comportamento do presidente Bolsonaro: “Se vejo que assunto x está atrapalhando o governo ou que discurso y pode ajudar, o presidente tem que ser convencido. Ele não deixa de falar ou fala porque eu pedi. Ele erra sim, mas erra falando a verdade”.

EVENTO A FAVOR DE DANIEL SILVEIRA

Durante o UOL News, o ministro Fábio Faria também respondeu a uma pergunta da colunista do UOL Carla Araújo sobre o evento desta quarta (27) do presidente Jair Bolsonaro, batizado de Ato Cívico pela Liberdade de Expressão.

Ela questionou se não é “abuso de poder” usar a TV pública para transmitir um evento que endossou o perdão concedido por Bolsonaro ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).

Segundo o ministro, qualquer evento no Planalto tem interesse público. “A gente está há dez minutos falando desse assunto, então deve ter alguma relevância”, respondeu Fábio Faria. “Já estou respondendo pela terceira vez a mesma pergunta.”

Ele diz que não cabe a ele julgar. “Se há interesse, a TV pública tem que transmitir. Se alguém achar que não houve interesse público, vamos responder e um juiz vai julgar.”

Folha