PSOL pede cassação de Eduardo Bolsonaro

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Foto: GABRIELA BILO / ESTADÃO

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) afirmou nesta segunda-feira, 4, que vai entrar, junto com a bancada do PSOL, com um pedido de cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Conselho de Ética da Câmara. Ontem, o filho do presidente Jair Bolsonaro debochou da tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão durante a ditadura militar.

“É inadmissível a agressão à jornalista Miriam Leitão, a apologia à tortura e à violência contra mulher. Basta de impunidade”, disse Valente em sua rede social.

 

Neste domingo, 3, Eduardo Bolsonaro escreveu, em rede social, “ainda com pena da cobra”, em resposta a uma postagem de Miriam Leitão, na qual a jornalista afirmou que o presidente Jair Bolsonaro é um inimigo confesso da democracia.

O comentário faz alusão a uma das torturas sofridas por Miriam durante a ditadura militar. Segundo relatos da própria jornalista, ela teve de ficar nua em frente a dez soldados e três agentes de repressão e passar horas trancada em uma sala com uma jiboia. Na época, ela estava grávida de um mês. Ela ainda foi presa e torturada com tapas, chutes e golpes que abriram sua cabeça.

O deboche do deputado foi condenado por políticos como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que prestou solidariedade à jornalista e disse que a tortura é “indefensável”, e pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede), que classificou o tuíte do parlamentar como “nojento, covarde e asqueroso”.

O senador Alessandro Vieira (PSDB), a deputada Natália Bonavides (PT-RN), o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, dentre outros, se solidarizaram com Miriam e rechaçaram o comentário do filho do presidente.

Estadão