Se Bolsonaro se reeleger Guedes continuará no cargo

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (11) que “a princípio” o ministro da Economia, Paulo Guedes, seguirá em seu governo caso seja reeleito. Questionado durante entrevista sobre sua previsão para a cotação do dólar em 2022, o presidente disse acreditar que a moeda ficará no atual patamar. “Eu não tenho críticas a nenhum ministro do governo. Logicamente, a gente vai fazer pequenas alterações [caso seja reeleito].

O Paulo Guedes foi uma pessoa fantástica por ocasião da pandemia”, afirmou em entrevista ao “Irmãos Dias Podcast”, que foi reproduzida hoje nas redes sociais. “Ele tem muito crédito. Tem que ver se ele quer continuar também. A princípio, ele continua, sem problema nenhum.”

Sobre o dólar, Bolsonaro disse que a cotação, no primeiro trimestre, “caiu praticamente um real”. “Eu acho que vai ficar neste patamar aí. Até porque o Brasil é um porto seguro para investimentos. O dinheiro esta vindo de fora, só no corrente ano mais dólares entraram aqui do que no ano passado todo”, afirmou. Troca na Petrobras O presidente da República disse que demitiu o general Joaquim Silva e Luna da Petrobras porque precisa de alguém “mais profissional” no comando da estatal.

Ao escolher o militar para o cargo há um ano, no entanto, Bolsonaro elogiou sua competência, citando como exemplo a gestão à frente da Itaipu Binacional. “Eu indico para o conselho a sua admissão e demissão. Eu acho que a gente precisava de… Um dos motivos principais [da demissão] é alguém mais profissional lá dentro para poder dar transparência”, sustentou, durante a entrevista. “A Petrobras não usa seu marketing, ela não fala.”

O presidente defendeu, por exemplo, que a estatal fixe placas perto de postos mostrando o custo dos combustíveis na refinaria, para que a população compare com o valor praticado na bomba. “Tudo cai no meu colo na questão da Petrobras. Eu não apito nada e cai no meu colo. E obviamente é um ponto de desgaste enorme para mim”, completou. Bolsonaro escolheu para a presidência da Petrobras José Mauro Coelho, ex-secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia.

O nome será avaliado pelo conselho da estatal em reunião prevista para esta quarta-feira (13). Emendas do relator Bolsonaro disse ainda que as emendas RP9, conhecidas como parte do “orçamento secreto”, ajudam a “acalmar” o Parlamento. Indicadas pelo relator da Lei Orçamentária Anual, as emendas definem prioridades do Executivo sem detalhamento sobre o controle da execução orçamentária e os critérios para priorização de um grupo de um parlamentar em detrimento de outro. “Então essa é outra parte de emenda que ajuda a acalmar o Parlamento, o que eles querem no final das contas é mandar recursos para sua cidade, não tenho nada a ver com isso. Quando falam em orçamento secreto, é falta caráter por parte da imprensa porque é publicado no Diário Oficial da União”, argumentou Bolsonaro.

Antes de se eximir de responsabilidade do expediente, que o ajudou a angariar apoio no Congresso priorizando aliados, o presidente justificou: “Quando chegou para mim, eu vetei [a RP9]. Voltou para o Congresso, derrubaram o veto, passou a ser lei. Depois foi questionado no Supremo, a ministra Rosa Weber deu uma liminar derrubando o RP9, as emendas secretas segundo a imprensa. E depois ela viu que estava de acordo comigo, voltou atrás e o Supremo disse que é constitucional”.

Valor Econômico