1o de maio de Lula em SP será muito maior que o de Bolsonaro

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Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará neste domingo, 1º de maio, na praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, em evento do Dia do Trabalho convocado por sete centrais sindicais, entre elas as duas maiores do país, CUT e Força Sindical – todas apoiam a candidatura do petista à Presidência.

A expectativa é que o evento, que começa às 10h, reúna dezenas de milhares de pessoas em razão também do número de shows musicais previstos. Entre as atrações estarão as cantoras Daniela Mercury e Leci Brandão e os rappers Dexter e KL Jay (Racionais MC’s).

Além de ser o maior ato com a presença de Lula na pré-campanha, será também o mais aberto de todos. Até agora, o petista tem se limitado a encontros em ambientes mais controlados, com plateias formadas exclusivamente por simpatizantes, como as idas recentes a assentamentos do MTST (sem-teto) e do MST (sem-terra) e encontros com indígenas, artistas, intelectuais e lideranças sindicais. No último dia 19 de abril, o petista também visitou a favela de Heliópolis, uma das maiores da cidade de São Paulo.

Além de ser um ato de apoio a Lula, a manifestação no Pacaembu também será contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). O lema dos protestos será “Emprego, direitos e democracia’. “O 1º de Maio precisa ser um marco na luta pelo ‘fora Bolsonaro’”, diz Sérgio Nobre, presidente da CUT, que durante a semana comandou panfletagens pela cidade convocando a população para o ato.

Os protestos das centrais sindicais deverão se repetir nas principais capitais do país. No Rio de Janeiro, a concentração será também às 10h no Aterro do Flamengo – estão previstas as apresentações de vários funkeiros populares.

A maior exposição pública de Lula irá ocorrer no mesmo dia em que apoiadores de Bolsonaro também estarão nas ruas de várias cidades do país. No caso de São Paulo, estarão bem perto, aliás: a concentração bolsonarista, prevista para as 14h, está marcada para as imediações do Masp, na Avenida Paulista, a menos de três quilômetros de onde estará Lula.

O deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), que se tornou o pivô de nova polêmica envolvendo Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal, é esperado na manifestação na Paulista. Condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por ameaças à Corte, ele ganhou indulto de Bolsonaro, em um gesto que os bolsonaristas tentam vender como defesa da liberdade de expressão e contra o “autoritarismo” do Supremo.

 

Esse será um dos principais motes das manifestações bolsonaristas pelo país. O presidente não se envolveu até agora nas convocações, mas não está descartado que ele participe do ato em Brasília.

Tradicionalmente, no 1º de Maio, as ruas sempre foram ocupadas pelo sindicalismo e as manifestações relativas aos direitos e às reivindicações dos trabalhadores, mas isso mudou no ano passado, quando o bolsonarismo já foi às ruas em diversas cidades do país para defender o presidente.

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