Dono de ouro apreendido pela PF esteve no gabinete de Bolsonaro

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Foto: Caio Guatelli/VEJA

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tirou uma casquinha na quinta-feira, 5, da apreensão de uma carga de 78 quilos de ouro pela Polícia Federal em Sorocaba (SP), que pertenceria ao empresário Dirceu Frederico Sobrinho, dono da empresa de ouro FD Gold, que é filiado ao PSDB.

O filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) sugeriu que o ouro era para financiar companha tucana, já que o rei do ouro concorreu pelo partido como suplente de senador. A crítica pode ser um tiro no pé, pois o “rei do ouro” também tem boas conexões políticas com o governo federal. Nos últimos tempos, foi recebido por quatro ministros de Bolsonaro para tratar dos interesses dos garimpeiros.

Ele esteve reunido com o vice-presidente Hamilton Mourão. O então ministro da Casa Civil Onix Lorenzoni, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, também já estiveram em reuniões com o empresário, que tem farto histórico de suspeitas de comércio ilegal de ouro – no ano passado, o Ministério Público Federal pediu a suspensão da empresa de Sobrinho, acusada de despejar no mercado mais de uma tonelada de ouro extraído de garimpos ilegais da Amazônia.

A carga estava escolada por policiais militares paulistas, entre eles um oficial da Casa Militar, ligada ao Palácio dos Bandeirantes). Mas o filho do presidente não citou as ligações de seu grupo político com o empresário. Sobrinho é o presidente da Associação Nacional do Ouro (Anoro).

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