Lula avisa: vai abolir teto de gastos

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Pré-candidato do PT à Presidência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira, em encontro com reitores na Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), que não terá teto de gastos em seu governo. A medida fiscal foi implementada em 2016 com o objetivo de conter a expansão de gastos públicos e já vinha sendo objeto de críticas do petista.

— Não vai ter teto de gastos no meu governo. Vamos investir em educação, porque é o que dá mais retorno ao país. O que vai resolver a relação dívida e Produto Interno Bruto (PIB) é o crescimento do PIB — disse Lula, que defendeu criar mais universidades no país.

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Mais tarde, ao lado da prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão (PT), Lula voltou a criticar a privatização de empresas como Petrobras, Eletrobras, Correios e Caixa Econômica. Segundo ele, quem “se meter a comprar a Petrobras” terá de “conversar conosco após as eleições”.

O petista ainda fez acenos às mulheres, em especial as donas de casa, que são maioria do eleitorado indeciso. Disse que, em um eventual governo:

— Queremos abolir esse tipo de emprego doméstico que não valoriza a nossa companheira que fica em casa — afirmou Lula, que também citou os efeitos da alta da inflação no país.

Lula desembarcou no estado de Minas Gerais em meio ao impasse sobre a definição de seu palanque no estado. O ex-presidente deseja apoiar a candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) ao governo, mas o PSD não abre mão de lançar a candidatura à reeleição do senador Alexandre Silveira. Já os petistas defendem o nome de Reginaldo Lopes, presente no evento desta quarta. Em entrevista ao GLOBO, Kalil disse que ainda espera constituir uma aliança formal com o ex-presidente.

O Globo