PRF se recusa a punir diretores responsáveis pela “Câmara de gás”

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Foto: PF/SE

A Polícia Rodoviária Federal nega que as dispensas do diretor-executivo, Jean Coelho, e do diretor de inteligência da corporação, Allan da Mota Rebello, efetivadas nesta terça-feira (31), tenham relação com a morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, homem morto asfixiado dentro de uma viatura durante uma abordagem em Umbaúba (SE).

A corporação afirma que a viagem dos dois já estava prevista antes do assassinato de Genivaldo, pois eles foram nomeados para serem oficiais de ligação da PRF no Colégio Interamericano de Defesa, nos Estados Unidos.

Coelho e Rebello haviam solicitado as dispensas há cerca de 10 dias, segundo a PRF, e elas só foram efetivadas agora por conta da burocracia.

A desvinculação entre as dispensas dos diretores da PRF do caso Genivaldo interessa ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que vem evitando fazer comentários mais duros sobre o assassinato de uma pessoa por agentes do governo federal dentro de uma viatura, por sufocamento, com uso de gás lacrimogênio e spray de pimenta.

Na primeira vez em que se manifestou sobre o caso, Bolsonaro disse que iria “se inteirar” sobre o assunto – num momento em que a filmagem da abordagem que culminou com a morte de Genivaldo já era pública.

Dias depois, o presidente disse que lamentava ocorrido e que Justiça deveria ser feita. Mas, ressaltou, sem exageros.

G1