PSDB diz a Doria que ele não vai crescer nas pesquisas

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O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) pediu nesta quarta-feira (4) à bancada federal do partido mais tempo para crescer nas pesquisas. Os deputados manifestaram preocupação com a estagnação do tucano até o momento e com os impactos que uma candidatura à Presidência com poucas chances de sucesso pode ter nas eleições proporcionais.

Doria participou de um jantar oferecido pelo líder na Câmara, Adolfo Viana (BA). Segundo relatos, o ex-governador abriu o encontro destacando o seu histórico nas disputas em que venceu o Governo do Estado e a Prefeitura, nas quais também apresentava baixa intenção de voto nas pesquisas meses antes.

Ele pediu para os parlamentares esperarem um tempo após as inserções partidárias em rádio e televisão do PSDB para medir o impacto dessa exposição. A última será exibida na próxima terça-feira (10). Até haver uma definição, o pré-candidato se comprometeu a ir todas as quarta-feiras a Brasília para manter uma avaliação constante com os parlamentares.

As conversas servirão também para fortalecer o presidente nacional da legenda, Bruno Araújo, como interlocutor nas negociações pela candidatura única da terceira via. Agora que a União Brasil pulou do barco, as conversas se mantêm com o MDB, que apresenta o nome da senadora Simone Tebet (MS). Os parlamentares expressaram a necessidade de respaldar Araújo e ressaltaram que não se deve ter uma postura impositiva.

No encontro, Doria mais ouviu do que falou. A conversa foi em tom respeitoso, mesmo quando os deputados se manifestaram contrários ao pleito do tucano. A maior preocupação no momento é fazer uma bancada de deputados federais robusta.

“Existe uma preocupação com as eleições proporcionais porque tivemos a migração de muitos parlamentares na janela partidária e queremos ter uma bancada eleita que possa resgatar o que a gente tinha e quem sabe aumentar. Disso depende a sustentação do PSDB enquanto partido, isso foi falado por todos”, afirmou o deputado Eduardo Barbosa (MG).

Pouco mais da metade da bancada de 22 parlamentares compareceu. O deputado federal Aécio Neves (MG), que tem se oposto a Doria, não foi.

O jantar foi convocado porque Doria enfrenta resistências internas ao seu nome, mesmo após ter vencido as prévias do partido. Uma ala defende que o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite seja o nome tucano na disputa presidencial.

Folha