Zema põe um pé na canoa de Bolsonaro e outro na de Lula

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Foto: Fred Magno | O Tempo / Agência O Globo

Focado em sua reeleição ao governo de Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) tem feito afagos tanto a Lula (PT) quanto a Jair Bolsonaro (PL). Parte dos aliados de Zema vem estimulando uma aliança informal entre o governador e o petista no Estado. Esse voto tem sido chamado de “Luzema”. Em paralelo, Zema voltou a fazer gestos para Bolsonaro, depois de se afastar do presidente por causa de sua queda nas pesquisas, no início do ano.

Auxiliares de Zema mandaram recados a integrantes da campanha de Lula, de que Zema não terá como bandeira ataques ao petista. Além disso, o grupo estimula, nos bastidores, a candidatura de Reginaldo Lopes (PT-MG) ao Senado, para aprofundar o impasse entre o PT e o PSD e afastar o ex-prefeito Alexandre Kallil (PSD) de Lula.

Ex-prefeito de Belo Horizonte, Kallil concorrerá ao governo de Minas contra Zema. Ele defende que sua legenda apoie Lula formalmente já no primeiro turno. Hoje o PSD tem planos de lançar Alexandre Silveira (PSD-MG) ao Senado, o que vai em sentido oposto aos planos do PT com Reginaldo Lopes em Minas.

Na semana passada, interlocutores do governador se reaproximaram de Bolsonaro. Eles se reuniram com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para falar sobre o cenário nacional de Minas. No fim de abril, Zema também teve uma conversa a sós com o presidente, quando participaram de uma feira agropecuária em Uberaba (MG).

Para aliados de Bolsonaro, a reaproximação do governador mineiro acontece devido à possibilidade de o senador Carlos Viana (PL-MG) entrar na disputa pelo Palácio Tiradentes.

Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do país e considerado Estado estratégico para vencer a eleição presidencial.

O Globo