Explode rejeição à candidata da 3a via

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Foto: Sergio Lima/AFP

Tucanos contrários a João Doria usavam a taxa de rejeição do ex-governador e ex-prefeito de São Paulo como principal instrumento para atacá-lo e tirá-lo da disputa presidencial.

Segundo pesquisa do PoderData, em 12 de maio de 2022, há um mês, a rejeição de Doria estava na casa de 60%. No mesmo levantamento, Lula era rejeitado por 37% dos eleitores; Jair Bolsonaro, 50%; Ciro Gomes por 48%. A pesquisa não trazia, no entanto, o nome da senadora Simone Tebet, do MDB.

Com inúmeras brigas internas, PSDB desgastou a própria imagem e pressionou Doria, que desistiu da disputa presidencial no fim de maio, mesmo após sair vitorioso nas prévias tucanas.

Acontece que nesta sexta-feira, 10, apenas um dia depois ter seu nome confirmado pela aliança dos partidos que se propõem a formar a Terceira Via, o mesmo Poder Data divulgou pesquisa em que Simone Tebet tem taxa de rejeição de 63%, 3 pontos acima do que Doria apresentava há um mês, e assume a liderança de rejeição entre os demais candidatos, superior inclusive ao do presidente Bolsonaro, com 49%, Ciro com 45% e Lula com 39%.

É preciso muita cautela com esses números e esperar as outras pesquisas. Os cientistas políticos explicam que, normalmente, o eleitor não rejeita aquilo que não conhece.

O site de notícias poder360, ligado à PoderData, afirmou o contrário, no entanto: que “a alta rejeição [de Tebet] pode explicar-se pelo fato de Tebet não ser tão conhecida nacionalmente, pois os eleitores tendem a rejeitar nomes que não conhecem”.

A senadora do MDB sempre apareceu em todas as outras pesquisas – e com rejeição baixa.

Vale ressaltar, contudo, que Doria à época em que foi perseguido pelo PSDB, estava com 4% de intenção de votos. Simone Tebet registra hoje apenas 1%.

Com Doria fora da disputa e se a rejeição de Simone crescer, a “desculpa” dos caciques tucanos cai por terra e deixa ainda mais evidente que sempre se tratou de uma perseguição a Doria.

O cenário como está, cada vez mais polarizado e cristalizado, leva a crer que sequer teremos debates presidenciais e que a eleição deve sim se tornar um plebiscito, empobrecendo o debate democrático do país, que bate a cada dia novos recordes de pobreza.

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