Lula pede união a partidos de esquerda

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Foto: Flávio Ilha

O pré-candidato do PT à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, apelou por união aos partidos de esquerda em torno de sua candidatura, nesta quarta-feira em Porto Alegre.

Segundo Lula, a esquerda não tem mais fôlego para vencer eleições sozinha. O recado não foi somente para o racha na esquerda do Rio Grande do Sul, mas também para Ciro Gomes (PDT). “Em 1989, precisei de quatro horas para convencer o [ex-governador Leonel] Brizola a me apoiar no segundo turno. Foi a primeira vez que o PDT transferiu 100% dos votos”, disse.

O ex-presidente repetiu o apelo que fez pela manhã, em reunião com os partidos que o apoiam em nível nacional, pela unidade da esquerda. “Apelo para que sentem à mesa, tomem um aperitivo se quiserem, mas tentem encontrar uma solução. Comício sem estarem todos os candidatos fica uma coisa meia troncha”, afirmou.

Lula também voltou a atacar os planos de privatização da Petrobras e da Eletrobras. Em ato que tinha como objetivo discutir a soberania nacional, Lula advertiu que as empresas candidatas a adquirir as estatais brasileiras terão de enfrentar sua oposição.

“É isso que vou fazer [se for eleito]. Quem quiser se meter a comprar a Petrobras ou a Eletrobras que se prepare, pois vai ter conversar conosco depois das eleições. Porque não sou o Guedes, que está tentando vender até os tapetes do Palácio do Alvorada”, disse Lula em seu discurso. O ex-presidente disse ainda que não quer “um estado fraco nem pequeno, mas um estado responsável pela saúde, educação, pelo aumento do salário mínimo e da cidadania”.

O ex-presidente estava acompanhado no evento de seu candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), que discursou antes de Lula, por três minutos.

O ato foi o primeiro de uma série de roteiros que a chapa Lula-Alckmin fará pelo país antes do início formal da campanha, previsto para agosto.

Havia cerca de 5 mil pessoas na arena de shows Pepsi On Stage, na zona norte de Porto Alegre. As preocupações com a segurança foram dominantes antes do evento, o que provocou a formação de filas para ingresso no local do evento.

Todas as pessoas passavam por uma minuciosa revista com detectores de metal. Sacolas e mochilas também passavam por revista. Não foi permitida a entrada de garrafas plásticas e nem de recipientes com alimentos.

Valor Econômico