Moro sofre notícia-crime por forjar domicílio eleitoral

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Foto: Pedro Ladeira – 15.mar.2022/Folhapress

A empresária Roberta Moreira Luchsinger, que acusa Sergio Moro (União Brasil) e a mulher dele, Rosângela, de fraude na tentativa de mudar o domicílio eleitoral para São Paulo, vai apensar a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo (TRE-SP) contra o ex-magistrado na notícia-crime que ela sustenta perante a Justiça.

Na terça (7), o TRE-SP considerou que a transferência do título de eleitor de Moro para SP era irregular, já que ele não conseguiu provar que de fato morava na capital paulista e que tinha vínculos com a cidade. Com isso, o ex-ministro da Justiça não pode ser candidato a qualquer cargo pelo estado.

A empresária afirma na notícia-crime que a mudança de domicílio eleitoral do casal Moro teria se dado mediante possível fraude e informação falsa no cadastro eleitoral. Uma das evidências: eles apresentaram requerimento de transferência de domicílio nos dias 29 e 30 de março dizendo que moravam na cidade. O contrato de aluguel do flat que apresentaram como moradia, no entanto, só passaria a valer no dia 1º de abril.

Com base na peça, o promotor eleitoral Reynaldo Mapelli Júnior decidiu, em maio, requisitar a abertura de inquérito à Polícia Federal para apurar eventual crime.

Segundo ele, Sergio e Rosângela Moro, “reconhecidamente moradores, advogados e políticos na cidade de Curitiba (PR), fizeram diretamente no sistema informatizado do cadastro eleitoral a transferência de domicílio, usando, tão somente, um contrato de locação de uma unidade de prédio” do bairro do Itaim Bibi “assinado pouco antes, evidentemente com a finalidade de comprovar local de moradia como justificativa para a escolha do município de São Paulo”.

A situação, “por si só”, diz ele, “exige uma investigação criminal para verificar se a insfrição foi fraudulenta ou não”. A empresária é representada pelas advogadas Gabriela Araujo, Maíra Recchia e Priscila Pamela Santos, da banca Araujo Recchia Santos Sociedade de Advogadas.

O advogado Gustavo Guedes, que defende Moro, afirma que, fechado o contrato, “aquele passou a ser o endereço de Sergio Moro”. “Ele tinha acabado de locar o imóvel, e só não tinha feito ainda a ocupação física por questões burocráticas do prédio”, sustentou ele à coluna. O processo na área eleitoral foi encerrado, já que Moro decidiu não recorrer da decisão do TRE-SP.

Folha