Vítimas de Moro tem o que comemorar

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Foto: Pedro França/Agência Senado

Adversários de Sergio Moro (União Brasil) comemoraram a decisão que negou a transferência do domicílio eleitoral do ex-juiz da Operação Lava Jato para São Paulo. Na terça-feira, 7, O Tribunal Regional Eleitoral acolheu um recurso do PT e barrou a mudança. 7. Ainda cabe recurso, mas, por enquanto, Moro fica proibido de disputar a cadeira no Senado por São Paulo, como tinha anunciado — seu nome também era cotado para uma vaga na Câmara dos Deputados pelo estado.

Condenado pelo então juiz por lavagem de dinheiro e corrupção passiva em 2016, o ex-deputado Eduardo Cunha (agora no PTB) afirmou que o adversário, a quem chamou de “fake”, não fraudava apenas a competência dos processos. “Ele frauda até o domicílio. Se formos investigar a fundo, vamos acabar descobrindo que ele nem deve se chamar Sergio Moro”, ironizou.

 

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que foi alvo da Lava Jato, também comentou a decisão do TRE-SP. “Moro pego na fraude do domicílio eleitoral. Não era nem para ser candidato. Aliás, fraude é sua especialidade!”, escreveu nas redes sociais.

 

Também alvo da Lava Jato, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que o ex-juiz foi pego “com a boca na botija” de novo. “Sergio Moro é flagrado em nova delinquência. Depois de corromper a toga e tramar uma tocaia jurídica para eliminar Lula em 2018, ser declarado parcial e incompetente, quis fraudar o domicílio eleitoral em SP”, escreveu.

Outros políticos também foram às redes sociais para comentar a decisão. “Que Moro é uma fraude, isso todos já sabíamos”, disse a deputada Maria do Rosário (PT-RS). “O juiz ladrão não poderá ser candidato pelo estado. Aqui se faz, aqui se paga”, afirmou Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato a deputado federal por São Paulo.

 

O resultado da ação no TRE-SP impõe mais uma derrota ao ex-juiz, considerado parcial pelo Supremo Tribunal Federal em 2021. Após deixar o Podemos e se filiar ao União Brasil, Moro teve que abrir mão de sua candidatura à Presidência da República. Além disso, virou réu em uma ação de deputados do PT, que pedem sua condenação por prejuízos causados pela Lava Jato.

O ex-ministro da Justiça, porém, indicou que não vai desistir de disputar as eleições. “Recebi surpreso a decisão do TRE de São Paulo na ação proposta pelo PT. Nas ruas, sinto o apoio de gente que, como eu, orgulha-se do resultado da Lava Jato e não desistiu de lutar pelo Brasil. Anunciarei em breve meus próximos passos”, postou.

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