General bolsomínion prevê 7 de setembro “tranquilo”

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Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER

O ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, prevê clima de festa para o 7 de setembro e descarta atos violentos. Mesmo com a preocupação de autoridades dos Três Poderes, o general e aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) diz não ver indícios de desdobramentos negativos no feriado.

“Eu não tenho dúvida de que o 7 de setembro será muito tranquilo. O clima não está para isso, não existe essa raiva reprimida, que vai explodir”, analisa.

Heleno é o responsável pela área de monitoramento de inteligência no governo. Ele usa as manifestações do ano passado, nas quais Bolsonaro chegou a ameaçar não cumprir mais decisões judiciais do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, como exemplo de que, mesmo em um clima tenso, não haverá consequências mais graves.

“A tensão pode acontecer, mas não desembocará em atos de violência. Não vai sair do campo da retórica. Muito papo e nenhuma ação”, diz.

Na avaliação do ministro, os 200 anos da Independência brasileira terão clima de festa, com desfiles não só militares, mas também das escolas e com participação de entidades da sociedade civil.

A circulação de mensagens com menções ao 7 de Setembro em grupos de WhatsApp explodiu na última semana de julho, com crescimento de 290% em comparação com o mesmo período de junho, aponta levantamento do Monitor de WhatsApp da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Segundo a sondagem, feita a pedido da Folha, as dez mensagens mais compartilhadas citam convocações de Bolsonaro a apoiadores e têm cunho golpista, com referências a intervenção militar e destituição de juízes do Supremo Tribunal Federal e afirmações falsas sobre as urnas eletrônicas.

Sob receio de novos atos de teor golpista que tenham como o principal alvo o Judiciário, o STF optou por não marcar a posse da ministra Rosa Weber na presidência da corte para a semana do 7 de Setembro. Prevista inicialmente para o dia 9, o Supremo acabou optando por realizar a posso no dia 12, por ser na semana seguinte ao feriado, quando o clima de tensão entre as instituições deve estar mais ameno.

Folha