Radicalismo de Bolsonaro preocupa campanha

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Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

A atuação de Bolsonaro no 7 de setembro se converteu em um dos temas mais indigestos nas reuniões da campanha de reeleição do presidente. O assunto foi abordado no encontro que seus integrantes tiveram nesta quarta-feira, em Brasília, mas os auxiliares mais próximos de Bolsonaro se recusaram a tratar do tema. Hoje a maneira como o presidente vai se comportar na data é descrita como uma “incógnita”.

A preocupação que assombra a ala política e o marketing é que o presidente encarne sua versão mais radical e volte toda carga contra as urnas e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Pesquisas internas contratadas pelo PL já mostraram que o discurso de ódio tira votos de Bolsonaro e também afasta o empresariado, que preza por um ambiente sem turbulências para melhora da economia.

Esse grupo tem defendido junto a Bolsonaro que ele vá a manifestações e as transforme em um grande ato de campanha, mostrando sua “força” com o povo. Diversas bandeiras econômicas e sociais de seu governo têm sido levadas ao presidente para serem exaltadas no 7 de setembro, mas nos bastidores são poucos os que acreditam que ele seguirá as orientações.

Segundo a colunista Malu Gaspar, o presidente desistiu de realizar uma parada militar na praia de Copacabana na data e o evento acontecerá no centro do Rio, como sempre. Bolsonaro teria sido demovido da ideia pela cúpula das Forças Armadas e pelo núcleo político da campanha.

O Globo