O que mais irritou Valdemar foi a perda de dinheiro
Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
Para além do esculacho recebido na resposta de Alexandre de Moraes e da inclusão do seu nome como investigado no inquérito das milícias digitais, Valdemar da Costa Neto ficou indignado mesmo com o bloqueio dos fundos partidários que será feito até o pagamento de uma estrondosa multa de 22,9 milhões de reais.
É o que apurou a coluna. Ou seja, golpista e mentiroso – ele disse que não queria “tumultuar a vida do país” –, o presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro, ainda se acha no direito de ficar chateado com alguma coisa – no caso, a grana do seu partido que ficou apreendida por ordem do magistrado.
É que Alexandre de Moraes obrigou a coligação de Bolsonaro – integrada por PL, PP e Republicanos – não só ao pagamento da multa de 22 milhões de reais por má-fé, mas também ao bloqueio dos fundos partidários das três legendas até o pagamento desse valor milionário.
Alexandre de Moraes mais uma vez acerta ao ser firme em sua punição, defendendo assim a constituição e o país que ainda convive – de certa forma – com uma ameaça golpista.
Valdemar já sinalizou que vai recorrer, o que é mais um absurdo do bolsonarismo. Essa decisão só empurra o país para um indesejado terceiro turno. Basta você, leitor, entrar nas redes de apoiadores do atual presidente para ver o que eles estão dizendo após a contestação das urnas pelo PL. Não é pouca coisa absurda, mas muita.
Nesse aspecto, é preciso lembrar a própria fala de Moraes, até para entender o que está em jogo. “[O pedido” é atentatório ao Estado democrático de Direito e [foi] realizado de maneira inconsequente com a finalidade de incentivar movimentos criminosos e antidemocráticos”. É disso que estamos falando.