Ex-chefe bolsonarista da PF pode perder aposentadoria

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Foto: Divulgação/PRF

As investigações da corregedoria da Polícia Rodoviária Federal podem levar à cassação da aposentadoria de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral bolsonarista do órgão.

Vasques era o chefe da PRF durante o 2º turno das eleições, em outubro de 2022, quando a corporação realizou uma série de blitze contra ônibus que transportavam eleitores. Após a derrota de Bolsonaro, ele deixou o posto e se aposentou.

A PRF chegou a fazer uma investigação interna sobre a atuação naquele domingo, mas o então corregedor-geral do órgão, Wendel Benevides Matos, determinou o arquivamento parcial da apuração. O argumento foi o de que não foram constatadas irregularidades.

Matos, entretanto, sugeriu que as superintendências da PRF em 5 estados – Alagoas, Maranhão, Pará, Santa Catarina e Sergipe – continuassem a apurar a atuação atípica naquele domingo.

Na avaliação de atuais integrantes da PRF, investigação do então corregedor – que acabou exonerado após o fim do governo Bolsonaro – poupou Vasques, um bolsonarista, de culpa pelos bloqueios que tentavam impedir eleitores de votar numa eleição em que Lula era favorito, e terceirizou a eventual responsabilidade para servidores das superintendências locais.

Além dos 5 dados, as novas investigações podem levar à reabertura da apuração sobre o que aconteceu na Bahia – onde, como o blog mostrou, o próprio então ministro da Justiça e superior hierárquico da PRF, Anderson Torres, esteve antes do segundo turno.

A atuação do então superintendente em Santa Catarina durante a eleição é uma das que despertou suspeitas nos atuais integrantes da PRF.

No dia 30 de outubro, dia do 2º, o superintendente, que é próximo de Silvinei Vasques, suspendeu as folgas de todos os funcionários da unidade. No dia seguinte, quando próprio Vasques estava sob risco de ser preso por conta da operação que prejudicava a mobilidade dos eleitores, revogou a suspensão.

G1