Até cantora gospel bolsonarista vira alvo da PF
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A Polícia Federal cumpre hoje dez mandados de prisão contra pessoas responsáveis por convocar nas redes sociais o ato antidemocrático do 8 de janeiro. Os alvos são suspeitos de terem fomentado o movimento chamado de “Festa da Selma”, código previamente utilizado para se referir às invasões. A reportagem tenta localizar a defesa dos citados.
Veja quem são eles:
É pastor em Blumenau (SC) e participou de um acampamento golpista. Em suas redes sociais, há registros dele em frente ao 23º Batalhão de Infantaria do Exército e imagens com pedidos de intervenção federal, contra a diplomação do presidente Lula (PT), que ocorreu em dezembro, e o presidente do TSE, Alexandre de Moraes.
Encontros com Jair Renan. O pastor posou ao lado do filho ’04’ do ex-presidente Jair Bolsonaro em ao menos duas ocasiões. Na última delas, em julho, ele disse que Renan esteve em Gaspar (SC) para um “encontro de lideranças” da direita.
Dois dias antes dos atos golpistas ele falou sobre as caravanas em direção a Brasília. Na noite do dia 6 de janeiro, Dirlei publicou um vídeo dizendo entender que aquele era “o momento que o povo precisava se aglutinar em Brasília em busca de sua liberdade”.
No dia 8 de janeiro ele postou imagens da invasão a sede dos Três Poderes e escreveu: “Agora em Brasília, brincaram com os brasileiros e agora receberam o que essa corja de bandido merece”.
Hoje, dia 8 de janeiro de 2023, vai ficar para a história. Essa data onde o povo brasileiro, os patriotas, cidadãos de bem, com a paciência já esgotada com essa patifaria que nós vamos acompanhando invadiu Brasília e eu digo isso pra você claramente: são pessoas de bem, teve vândalos ali no meio que são infiltrados.
Pastor Dirlei Paiz, alvo da operação de hoje, em vídeo publicado no dia 8 de janeiro
Cantora gospel que gravou o chamado “hino das manifestações”. Ela transmitiu a invasão do 8 de janeiro ao vivo em redes sociais, onde tem hoje 139 mil seguidores. Há postagens de apoio a Bolsonaro.
Fernanda mora em Goiânia, mas em dezembro esteve em um ato em frente a um quartel em Londrina, no Paraná. Em nota, em janeiro ela negou ter responsabilidade pela depredação: “nunca falei sobre vandalismo nas manifestações”.
Ele foi preso no Distrito Federal. Se apresenta nas redes sociais, com 133 mil seguidores, como “gerente” e vende cursos sobre como ganhar dinheiro na internet.
Isac usa o termo “Festa da Selma” em postagens ainda disponíveis nas redes sociais dele.
Influenciador bolsonarista. Ele é ex-secretário de comunicação da Prefeitura de Bayeux (PB) e concorreu a uma vaga de vereador em João Pessoa em 2016, mas não foi eleito.
Com 133 mil seguidores nas redes sociais, posta mensagens de apoio a Bolsonaro e diz ser parte do “exército” do ex-presidente.
No dia 5 de janeiro, ele fez uma postagem com o termo “Festa da Selma”. O influenciador disse que o evento “já tinha data” para acontecer.