Bancada do PT repudia golpe de Bolsonaro
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Parlamentares da Bancada do PT reagiram fortemente contra a ameaça de golpe comandada por Jair Bolsonaro e pelo general Heleno. O líder do PT na Câmara, deputado Enio Verri (PR), afirmou em sua rede social que ao convocar manifestação pedindo o fechamento do Congresso Nacional, “Bolsonaro não deixa mais dúvidas quanto ao caráter autoritário e ditatorial”. E acrescentou que a “suprimir a democracia é acabar com o direito que todo cidadão tem de expressar suas ideias e propor políticas para o País”.
O líder do PT considerou ainda ser inadmissível que o presidente defenda manifestação pedindo o fechamento do Congresso Nacional. “Toda a sociedade está sendo agredida e deve se levantar contra mais esse atentado cometido por Bolsonaro, que não tem qualificação para o cargo”.
A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), avaliou como muito grave que o presidente da República atente contra as instituições e a democracia. “É uma escalada. Se coloca como patriota, justo e incorruptível. Explique Jair Bolsonaro o beijo a bandeira americana, o sofrimento do povo com renda baixa e Queiroz com as milícias que lhe acompanham”, cobrou em sua conta no twitter.
E o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) em vídeo divulgado em suas redes sociais protestando contra a convocação e pedindo união dos democratas contra esse ataque às instituições e a democracia. Pimenta explicou que foi a jornalista Vera Magalhaes que informou que o presidente Jair Bolsonaro tinha divulgado vídeo, do seu próprio celular, em grupos de whatsapp, convocado atos contra o Congresso e o STF. “Atentar contra a democracia e o Estado Democrático é crime de responsabilidade. Se nos calarmos seremos cúmplices !!”, alertou Pimenta.
Em outra publicação no Twitter, Pimenta afirmou que a convocação feita por Bolsonaro para os atos contra a democracia no dia 15 de Março apenas confirmam o que ele sempre foi: “um filhote da ditadura”. “Bolsonaro sempre deixou cristalino seu desprezo pela democracia”, completou.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) também afirmou que a ameaça de Bolsonaro contra o Congresso Nacional “constitui crime contra as instituições democráticas e pode motivar o impeachment”.
E o deputado José Guimarães (PT-CE) considerou a convocação gravíssima. “Bolsonaro atenta contra a democracia ao deslegitimar o papel do Congresso”. Ele acrescentou que a estratégia de colocar o povo contra os legisladores é similar à de ditadores em regimes totalitários. Ele afirmou ainda que a democracia brasileira não pode silenciar frente à escalada “autoritária e fascista” de Bolsonaro. “Se ele agride e desrespeita o Congresso, esperar o que mais dele? O povo tem que sair às ruas e pedir o fim desse governo. Os presidentes da Câmara e Senado precisam reagir”, cobrou.
O deputado Nilto Tatto (PT-SP) argumentou que o ato contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal convocado em rede social, “inclusive pelo presidente da República, exige pronta resposta por todos que prezam pela democracia e a política como único caminho”. Tatto enfatizou ainda que Bolsonaro já vem a muito ultrapassando o limite. “Agora afronta a Constituição Art2o, Art85 Ditadura nunca mais!”, completou.
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) destacou que grande maioria do Congresso é de direita e tem aprovado a pauta bolsonarista. “E mesmo assim ele convoca o povo para protestar contra esse Congresso e emparedá-lo. O recado é claro: Bolsonaro não suporta nem o ‘faz de conta’ democrático!”, lamentou.
O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) indagou: “Sabe por que Jair Bolsonaro tenta impedir orçamento impositivo pelo Congresso e convoca ato irresponsável? Porque em 2019, ofereceu R$40milh em emendas extra para quem votasse na mudança da Previdência.Com as emendas impositivas, não terá mais margem para fazer o ‘tomá lá da cá’”.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) relembrou que o último regime que propôs fechar o Congresso mergulhou o Brasil em 21 anos de escuridão. “Tortura, mortes, corrupção, violência de Estado, crimes contra a humanidade. Bolsonaro quer um golpe e nova ditadura? Saiba que encontrará luta e resistência em defesa da democracia!”, afirmou.
E na avaliação da deputada Maria do Rosário (PT-RS) o ato contra o Congresso Nacional convocado pelo titular da presidência, “desonra a instituição Presidência da República, fere gravemente a Constituição e desrespeita o País”. Ela afirmou ainda que a atitude de Bolsonaro é o limite para a reação das instituições. “É necessário unir para a democracia e pavimentar seu impedimento”, reforçou.
Para o deputado João Daniel (PT-SE) Jair Bolsonaro no governo é o pior da nossa República. “Esta postura antidemocrática faz parte de sua história e seu governo está fracassado, por isso ameaça à democracia. É preciso urgente afastá-l, ele não tinha e não tem condições de governar”, defendeu.
E o deputado Afonso Florence (PT-BA) disse que o ato convocado por Bolsonaro contra o Congresso ataca todo povo, é contra Democracia, é crime de responsabilidade. “Ele ultrapassou o limite, terá de ser impedido!”, enfatizou.
A deputada Professora Rosa Neide (PT-MT) considerou que a soberania foi abalada. “Bolsonaro não se preocupa em provocar terremotos na jovem democracia brasileira. Impeachment já!”, defendeu.
O deputado Beto Faro (PT-PA) propôs a união do povo pela manutenção da Democracia. “E Bolsonaro terá que responder por crime de responsabilidade e pode ser afastado do cargo, conforme prevê a Constituição Federal”.
E o deputado Rogério Correia (PT-MG) relembrou que já tinha defendido o pedido de impeachment contra o “energúmeno” após incentivo à feminicídio e misoginia quando atacou a jornalista. “Agora é crime contra a democracia!” Ele cita ainda o artigo 85 da Constituição Federal, que detalha o crime cometido por Jair Bolsonaro.
Os deputados Bohn Gass (PT-RS), Carlos Zarattini (PT-SP), Helder Salomão (ES), Joseildo Ramos (PT-BA), Margarida Salomão (PT-MG), Natália Bonavides PT-RN), Odair Cunha (PT-MG), Paulão (PT-AL), Pedro Uczai (PT-SC), Reginaldo Lopes (PT-MG) e Waldenor Pereira (PT-BA) também comentaram o assunto em suas redes sociais e protestaram contra a convocação do ato contra o Congresso Nacional.