Bolsonaro acusa ministro da Saúde de “exagero”
Foto: Adriano Machado/Reuters
O presidente Jair Bolsonaro concedeu entrevista na noite deste sábado, 21, na qual voltou a comentar sobre a pandemia de coronavírus, que já chegou a todos os estados brasileiros. Ele negou estar infectado e disse não acreditar que haverá um “colapso na saúde”, termo usado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Bolsonaro ainda se defendeu das críticas por ter falado em “gripezinha” e manteve seu discurso.
“Estão muito preocupados com a minha saúde e, depois de uma facada, estou tranquilo. Naquele momento, eu falei que seria uma ‘gripezinha’ para mim. E pode ter certeza que para 60% dos brasileiros não será nem uma gripezinha, não será nada, nem tomarão conhecimento. Entendo que para os idosos, pessoas que têm alguma doença, realmente o vírus poderá ser bastante grave”, afirmou, em entrevista à CNN Brasil.
Bolsonaro disse não ter nenhum atrito com o ministro Mandetta, mas admitiu que considerou o termo “colapso”, usado pelo ministro, como “exagerado e inadequado”. “Não há qualquer atrito, há uma conversa entre nós, estamos acertando os ponteiros”, disse. “Já fabricaram crise entre eu e o Paulo Guedes, entre eu e o Sergio Moro, e agora o Mandetta (…) Estes ministros têm dado show. Eu sou o técnico do time e o time está jogando muito bem.”
Bolsonaro disse não acreditar em colapso e confia que o medicamento Reuquinol, que possui como princípio ativo a hidroxicloroquina e cujos resultados ainda não tem confirmação científica, será eficiente para evitar um contágio mais rápido do Covid-19. “Não acredito (em colapso), o que estamos fazendo é alongar a curva de infecção. Estou muito confiante neste remédio, o Reuquinol.”