Bolsonaro culpa indígenas por falta de energia
Foto: Carolina Antunes/PR
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) culpou o governo anterior (PT) pela dificuldade em construir o Linhão do Tucuruí. Segundo o chefe do Executivo, foram feitas demarcações “sem responsabilidade”. A afirmação foi feita na tarde desta terça-feira (3/3), em cerimônia no Palácio do Planalto no lançamento do programa “Abrace o Marajó” que visa melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ilha.
“Quem é esse pedaço de terra chamado Marajó, que pouco ouvimos falar sobre ele, como outras tantas e tantas regiões pelo Brasil? É um pedaço de terra do tamanho do estado do RJ, que tem uma população semelhante ao estado de Roraima, que também, até o momento, prezado almirante Bento, nosso ministro de Minas e Energia, está sofrendo por conta da construção do Linhão. Mas isso só não é uma realidade ainda porque, no passado, não tiveram responsabilidade quando demarcaram à vontade e em favor de interesses internacionais grandes reservas indígenas e uma quantidade enorme de quilombolas”, ressaltou.
A luta, aponta, é para integrar os índios e quilombolas à sociedade. “Estamos lutando contra isso. Não para abandonar o nosso índio ou o quilombola, mas para integrá-lo à sociedade e ao fazer tal medida, nós possamos levar o progresso para todas as regiões do Brasil”, emendou o presidente.
Bolsonaro se disse ainda orgulhoso e satisfeito pelo governo, que segundo ele, se encontra há 14 meses sem acusações de corrupção. “É uma satisfação estar neste governo, onde toda semana temos boas notícias. Hoje, passamos 14 meses sem uma acusação qualquer, uma denúncia qualquer sobre corrupção. Já é um recorde na história do Brasil.”, apontou. No entanto, no ano passado, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), foi denunciado pelo MP-MG (Ministério Público do Estado de Minas Gerais) sob acusação de envolvimento no esquema de laranjas do PSL. Já o Ministério Público Federeal do Rio, entrou com uma ação civil contra Osmar Terra, na época, ministro da Cidadania, por improbidade administrativa, em virtude da suspensão de um edital da Ancine para produções de audiovisual para emissoras de televisão públicas. O chefe da distribuição de verbas publicitárias e que trabalha no Planalto, Fábio Wajngarten, é investigado pela Polícia Federal por suspeita de corrupção, peculato e advocacia administrativa, que se caracteriza quando o gestor usa cargo público para a defesa de interesses privados.