Coreia do Sul pede novamente isolamento da população
Foto: ED JONES / AFP
Com o aumento de casos importados do novo coronavírus, o governo da Coreia do Sul apelou nesta sexta-feira para que a população fique em casa e evite grandes aglomerações, e colocou em vigor controles fronteiriços mais rígidos para pessoas que vêm dos Estados Unidos — o país do mundo com o maior número de casos, com 92.932 infectados. O país registrou 91 casos novos de coronavírus nesta sexta-feira, o que elevou seu total para 9.332, segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças da Coreia. O número de mortes chegou a 144.
O país teve sucesso em conter a propagação da doença, com um sistema sem quarentena, baseado em testes rápidos e disponíveis em larga escala, considerado um dos mais bem organizados programas de contenção do mundo. Medidas extensivas foram tomadas para rastrear e isolar a população infectada, assim como quem teve contato com ela. A rápida detecção foi considerada crucial para impedir a propagação do vírus.
Agora, o aumento recente de casos importados levou as autoridades a endurecerem as regras de entrada para viajantes da Europa e dos EUA. Ao mesmo tempo, o governo tenta convencer a população de que várias semanas mais de distanciamento social e autoisolamento podem ser necessárias para dar tempo para que as autoridades de saúde reduzam o fluxo pequeno, mas ainda contínuo, de casos novos.
— As pessoas podem não querer mais manter o distanciamento social agora que a primavera chegou e as flores estão desabrochando — disse o primeiro-ministro, Chung Sye-kyun, em uma coletiva de imprensa. — Mas não será melhor trabalhar mais duro para encerrar o sofrimento atual do que suportá-lo por um longo tempo?
Com as medidas adotadas, quem vem dos EUA terá agora que passar uma quinzena em quarentena, e aqueles que mostrarem sintomas como febre serão examinados. Regras mais severas, como um exame obrigatório e quarentena, entraram em vigor na quinta-feira para visitantes europeus com vistos de longo prazo.