Coronavírus sobrevive por até 3 dias em superfícies
Foto: Ina Fassbender/AFP
O coronavírus pode sobreviver por até 24 horas em materiais como o papelão, indica estudo feito por pesquisadores do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas e da Universidade de Princeton, ambos dos Estados Unidos.
Divulgada na quarta-feira (11), a pesquisa analisou o tempo de vida do novo coronavírus fora do corpo humano. Os resultados sugerem que o covid-19 pode sobreviver por até três horas no ar e por quatro em materiais feitos de cobre. Sobre plástico e metal inoxidável, ele sobrevive de dois a três dias. As informações podem dar pistas sobre como o vírus se transmite com rapidez.
No final de janeiro, surgiu a dúvida sobre a transmissão do coronavírus por objetos vindos da China, como os comprados em sites como o Alibaba. A hipótese foi afastada, porque eles demoraram para rodar meio mundo e chegar aqui, tempo suficiente para os vírus morrerem.
Os dados coletados indicam que é plausível a hipótese da infecção do Covid-19 por ar ou por objetos inanimados. Mas, são necessários outros estudos que corroborem a hipótese.
No Twitter, Dylan Morris, um dos autores do estudo, fala que o ponto mais importante é a semelhança do covid-10 com o Sars (que causou a epidemia de 2003) em termos de tempo de sobrevivência. Ambos são do mesmo grupo de doença, o coronavírus, que foi tema de outro estudo, uma revisão de literatura de pesquisadores de infectologia da Universidade de Böchum, na Alemanha.
Eles revisaram 22 estudos sobre transmissão por superfícies do Sars e do Mers (também um coronavírus) e concluíram que, em média, os vírus morrem depois de quatro ou cinco dias.
Neeltje van Doremalen, do estudo norte-americano, diz que escolheram as superfícies de acordo com o que consideraram mais relevantes. Por exemplo, plástico e metal inoxidável estão presentes em muitos objetos de um hospital, como a cadeira da sala de espera ou um bisturi.
Em um laboratório, ela e outros pesquisadores colocaram o vírus em superfícies feitas de materiais diferentes para ver por quanto tempo o covid-19 permanecia viável, ou seja, capaz de infectar uma pessoa.
Para testá-lo no ar, eles usaram uma câmara fechada. Depois, eles coletaram o vírus e o colocaram em uma placa de petri para verificar se outras células seriam infectadas. Se a célula fosse infectada, significava que o vírus era viável.
A pesquisa indicou que o covid-19 permanece vivo em superfícies e materiais diferentes, como o papelão da caixa de pizza ou uma maçaneta de metal. Ainda serão necessários mais estudos para verificar se a infecção pode ocorrer por meio de superfícies ou pelo ar.
Redação com UOL