Doria aposta em colapso do Bolsonarismo
Foto: Reprodução/Estadão
Os recentes movimentos de João Doria confirmaram para aliados qual sua principal aposta rumo a 2022: montar um exército de ex-combatentes (alguns expurgados) do bolsonarismo. Ao lançar Gustavo Bebianno a prefeito do Rio e se aproximar de Wilson Witzel, o governador de SP dobra a quantidade de fichas na prevalência da onda conservadora e, principalmente, no colapso do governo Bolsonaro. No entorno de Doria, porém, há gente graúda preocupada com a resistência que o eleitor do Nordeste demonstra para com esse figurino.
Outro fator que preocupa tucanos paulistas: ao acolher os ex-bolsonaristas (Joice Hasselmann, Alexandre Frota, Gustavo Bebianno e Paulo Marinho), Doria se afasta do centro, onde o ex-presidente FHC, por exemplo, acha que ele deveria se posicionar.
A semana, porém, foi de otimismo no Palácio dos Bandeirantes. Auxiliares de Doria acham que o fraco desempenho do PIB brasileiro em 2019 (1,1%) dá ao governador combustível e discurso na seara da gestão econômica.
Segundo a Fazenda estadual (comanda pelo ex-ministro Henrique Meirelles), a economia paulista teve crescimento de 2,8% em 2019: O Estado teve expansão maior que o triplo da média nacional.
Uma historinha educativa para quem sonha ter o apoio do governador Wilson Witzel (PSC-RJ) na eleição presidencial. Certa vez, ao receber representantes da Defensoria Pública, com os quais nunca havia estado, ele se apresentou: “Vocês estão diante do próximo presidente do Brasil”