Governo abandonou população das favelas
Foto: TUCA VIEIRA
Críticos do que veem como inação dos governos diante do possível avanço do coronavírus, o G10 das favelas, bloco que reúne lideranças dessas comunidades pelo país, elaborou estratégia própria para se organizar contra a pandemia.
Em Paraisópolis, por exemplo, na zona sul de SP, onde moram 100 mil pessoas, 420 voluntários cuidarão de 50 casas cada um, e serão conhecidos como os “presidentes das ruas”. O modelo será replicado em favelas como Heliópolis, em SP, e Rocinha e Alemão, no RJ.
Eles serão responsáveis por pedir que as pessoas fiquem em suas casas, passar instruções de higiene e entregar mantimentos, que chegarão em carros com sirenes, que soarão para avisar o momento da recepção e da distribuição de alimentos.
O comandante-geral da PM de SP, Fernando Alencar Medeiros, está dormindo no quartel há uma semana, por causa da crise. Ele assumiu o cargo no começo do mês. O antecessor renunciou por não concordar com o afastamento dos PMs envolvidos na ocorrência do baile funk de Paraisópolis.
O morador de favela está abandonado, não tem home office nem álcool em gel. Não tem política de Estado para salvar a favela