Ônibus interestaduais terão assentos só para mulheres
Foto: Dario Oliveira/Futura Press/VEJA
O Brasil pouco tem a comemorar quando o assunto é violência contra a mulher. Prova disso foram as manifestações em diversas cidades do país no dia 8 de março, além das novas estatísticas que só comprovam que o caminho por mais respeito ainda é longo.
De olho no quadro, algumas iniciativas começam a surgir. Para evitar casos de assédio e garantir viagens mais confortáveis, algumas empresas de ônibus rodoviário interestadual já oferecem assentos diferenciados para as mulheres.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), a média é de quatro poltronas por ônibus, identificadas com capas em tom lilás ou rosa, especialmente reservadas para o público feminino.
O serviço não tem custo adicional e quando uma poltrona não é ocupada por uma mulher, permanece vazia. É uma forma de garantir às passageiras que somente outra mulher sentará ao seu lado.
Ainda que medidas semelhantes gerem debates acalorados – seja pela segregação, seja pela falta de fiscalização – só o fato de saírem do papel já mostra que as manifestações estão provocando mudanças.