Pandemia e medo: a poesia diante de um governo decadente
Foto: Andre Coelho/Getty Images/Reprodução
O artista Ismar Soares desabafou, em versos, o que o povo brasileiro está sentindo diante de uma crise sanitária histórica e a psicopatia do presidente. Não deixe de ler.
MEDO
Sim, eu tenho medo
Dessa truculência
Dessa decadência
Desse falso enredo
Sim, eu tô com medo
Desse desamparo
Desse despreparo
Desse gosto azedo
Não é nada fantasia
O ódio uma epidemia
Tira o amor à revelia
Avesso da sabedoria
Sim, é muito medo
Dessa presidência
Desse Bolsonaro
Dessa anticiência
Desse preço caro
Dessa penitência
Desse vão disparo
Dessa indecência
Desse não reparo
Desde já degredo
Redação