Secretários da Saúde criticam Ministério da Saúde
Foto: Sérgio Lima/Poder360
O documento do Ministério da Saúde entregue a secretários municipais e estaduais com o plano de combate ao covid-19 foi lido por gestores como uma iniciativa tímida e tardia. Uma das principais sugestões, fechamento de escolas, já foi implementada nas últimas semanas em diferentes Estados. Quem já implementou medidas ainda mais restritivas de isolamento diz que não vai retroceder com base na orientação federal. Apesar disso, reconhecem na iniciativa um aspecto bastante positivo: a Pasta tenta unificar as ações de combate ao vírus.
Mesmo que Bolsonaro faça um decreto autorizando “toda a profissão que for necessária para o sustento” a voltar às ruas, como sinalizou, gestores de Saúde e governadores dobram a aposta e dizem que, na prática, nada vai mudar.
Um governador ouvido pela Coluna estava confiante de que, se acionado, o STF manterá posicionamento em respeito ao princípio federativo. Lembrou da recente decisão do ministro Marco Aurélio Mello liberando os Estados a adotarem medidas próprias de isolamento.
“Um decreto desses seria inócuo. Até para usar linguagem militar, que Bolsonaro tanto gosta: mesmo nas Forças Armadas, ninguém é obrigado a cumprir ordem absurda”, disse Alberto Beltrame, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde.