Aliados dizem que Mandetta tem que atuar na saúde e na diplomacia

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Aliados do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ressaltaram que, além de todo o trabalho no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, ele ainda precisa atuar no campo diplomático para “apagar incêndios” com o governo da China.

Uma das prioridades do ministro é destravar a compra de equipamentos de proteção individual (EPI) para os profissionais de saúde e de respiradores – fundamentais na recuperação de quadros graves da covid-19.

A negociação é com a China, principal fornecedora dos produtos (ouça mais abaixo mais detalhes sobre essa disputa). Porém, o momento é delicado.

O governo de Jair Bolsonaro enfrenta um mal estar diplomático com a China, por causa de ataques feitos nas redes sociais pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, e pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro.

No início da semana, o ministro Weintraub fez uma publicação em uma rede social insinuando que a China poderia se beneficiar com a crise mundial causada pela pandemia de covid-19. Ele apagou o post, que foi repudiado pela embaixada da China no Brasil e classificado como racista.

“Tudo o que o Brasil não precisa neste momento é uma crise com a China, que fornece material de Saúde para todo o mundo”, ressaltou um aliado do ministro da Saúde.

Em avaliações reservadas, o próprio Mandetta tem dito que o Brasil e demais países precisam repensar de forma estratégica essa dependência da China para fornecimento de equipamentos e materiais de saúde.

“Esse é um erro do planeta. Só um país tem escala para produção: a China”, disse Mandetta para um interlocutor.

“Neste momento, a questão é: quanto tenho e quanto preciso para garantir a situação no Brasil. Mas no futuro, temos que criar alternativas para que o mercado nacional assuma parte dessa produção para máscara, luva e outros itens”, afirmou Mandetta.

G1