Aumento de contágios põe autoridades brasileiras em alerta
Foto: Adriano Machado/REUTERS
O mês de abril começa sob forte tensão e com as autoridades sanitárias brasileiras em alerta máximo. O temor é que na primeira quinzena do mês haja um aumento explosivo de casos de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O prognóstico foi passado pelo próprio Ministério da Saúde.
O país enfrenta nesta quarta-feira (01/04) o endurecimento, por exemplo, das regras de isolamento social. Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, entre outras unidades da Federação, esticaram o fechamento de escolas e do comércio.
O momento é estressante e, segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (foto em destaque), exige ainda mais o isolamento social. Apesar de muitas estimativas elaboradas pelo governo e por entidades independentes, ainda não é possível apontar ao certo quais os impactos do vírus na saúde e na economia brasileira.
Empresas precisam de crédito para sobreviver. O trabalhador assiste a renda encolher e a manutenção do emprego cada vez mais incerta. Médicos se preocupam com a falta de material para socorrer os doentes. Cientistas correm contra o tempo para desenvolver um tratamento e uma vacina para a nova doença. Governos tentam minimizar os impactos sociais e econômicos. Um cenário de terra arrasada.
O Metrópoles reuniu a avaliação de analistas de diversos setores. A paralisação de serviços e o distanciamento social exigirão planejamento logístico para a retomada da vida nas cidades e atenção com os reflexos na saúde mental.
O economista Vladimir Fernandes Maciel, coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica, explica que será necessário o Brasil construir um esforço de logística mesmo após registrar o maior volume de adoecimentos. A força-tarefa será para garantir abastecimento de insumos, por exemplo.
“Haverá necessidade de escalonar horários de entrada e saída de categorias profissionais nas diferentes regiões das cidades. É uma operação logística complicada e delicada, que necessita de coordenação entre as esferas de governo e com as associações de classes e sindicatos”, avalia.
Para o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, o brasileiro terá que repensar seus gastos e estilo de vida para reequilibrar as finanças. E não afasta a ideia de desemprego e diminuição de renda.