Equipe de Moro não vê ruptura na Justiça

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Foto: Jorge William / Agência O Globo

Também de saída da Justiça, a equipe de Sérgio Moro viu com certo alívio escolha de André Mendonça. Ao menos em termos de projetos em andamento, é pouco provável ocorrer grande ruptura. Mendonça foi descrito por um auxiliar de Moro como “equilibrado, de boa formação e bem-intencionado”. Não há dúvida, contudo, de que o novo ministro, diferentemente do antecessor, deverá ter menos resistência à agenda armamentista. Os aliados de Mendonça confirmam: sim, ele pretende manter as linhas gerais no combate à corrupção e na Segurança.

Resta, porém, na equipe que deixa a Justiça, uma dúvida pra lá de pertinente: Mendonça será suscetível às eventuais pressões do chefe relativas à Polícia Federal? Difícil prever.

A equipe de Moro arrisca um palpite: em algum momento, Mendonça terá de dizer a famosa frase: “Opa, espere, aí, não!” para o clã Bolsonaro.

Também de saída da Justiça, a equipe de Sérgio Moro viu com certo alívio escolha de André Mendonça. Ao menos em termos de projetos em andamento, é pouco provável ocorrer grande ruptura. Mendonça foi descrito por um auxiliar de Moro como “equilibrado, de boa formação e bem-intencionado”. Não há dúvida, contudo, de que o novo ministro, diferentemente do antecessor, deverá ter menos resistência à agenda armamentista. Os aliados de Mendonça confirmam: sim, ele pretende manter as linhas gerais no combate à corrupção e na Segurança.

Até no grupo de WhatsApp dos ministros, a saída de Sérgio Moro pegou todo mundo de surpresa. O ex-juiz da Lava Jato simplesmente saiu.

Alguns ex-colegas dele na Esplanada, que outrora o tietaram, ficaram espantados e acharam falta de educação da parte do agora ex-ministro

Após ter sido confirmado no cargo, André Mendonça teve uma agenda cheia no Planalto. Por isso, deve reunir somente hoje sua equipe para começar a desenhar a gestão.

Ele pediu um levantamento de todos os cargos vagos na pasta. Com a saída de Sérgio Moro, alguns secretários também pediram demissão.

O clima entre Rogério Marinho e Paulo Guedes anda tão azedo que eles nem sequer se cumprimentaram na reunião de ministros no Conselho de Governo.

Aliados de Rodrigo Maia afirmam que ele diminuiu o tom de suas críticas ao governo por ter percebido que, se continuasse a esticar a corda, fortaleceria a relação do Centrão com o presidente Jair Bolsonaro.

O presidente da Câmara vê seu poder diminuir na Casa. É hora de frear.

As últimas movimentações do governo e do Centrão fortaleceram Arthur Lira (AL), líder do PP, para a presidência da Casa. A leitura é de que, neste momento, ele está bem posicionado com o Planalto para a disputa. Muita água ainda vai rolar…

José Serra (PSDB-SP) encaminhou ofícios a Jair Bolsonaro, Paulo Guedes e ao BNDES: solicita reavaliação do pedido de crédito da Desenvolve SP (R$ 1,5 bilhão) para atender demandas das micro e pequenas empresas do Estado, solicitação negada pelo banco de fomento federal.

“Os recursos aprovados pelo Congresso para financiar empresas durante a crise somam R$ 100 bilhões. Ou seja, a Desenvolve SP está pedindo menos de 1,5% disso para financiar negócios de um Estado que responde por 40% da economia brasileira”, afirma o senador José Serra.

O deputado João Henrique Caldas (PSB-AL) apresentou projeto criando o Título Verde e Amarelo: o Tesouro faz leilões de títulos da dívida pública e doa o dinheiro para o combate à pandemia de covid-19.

Fábio Trad, deputado federal (PSD-MS): “Enquanto seus conterrâneos morrem em todo País, sendo sepultados à noite em caixões empilhados, eis que Bolsonaro se apresenta sorrindo e praticando tiro ao alvo. Presidente, o Brasil está chorando seus mortos. O senhor deveria ter vergonha de sorrir. Onde está sua compostura?”

Estadão