Ernesto Araújo ataca Ricúpero
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Ernesto Araújo partiu para cima de Rubens Ricupero que, como todos (repita-se todos) os ex-chanceleres brasileiros são críticos ao modo como conduz o Itamaraty. Até agora, ao menos publicamente, Araújo não havia respondido às considerações do embaixador aposentado e ex-ministro da Fazenda, a quem uma vez vetou que prefaciasse um livro que seria editado pelo Itamaraty. Escreveu Araújo:
— Ex-chanceleres e ex-ministros despeitados decidiram criar o “grupo Ricupero” para falar mal de nossa política externa, que está ajudando o Brasil a se livrar da corrupção, da promoção de ditaduras, ou da letargia medrosa que caracterizaram as políticas deles ou dos seus governos. O nome do grupo é dado por um de seus membros, Rubens Ricupero, que em 1994, quando Ministro da Fazenda, foi flagrado na parabólica confessando-se desonesto (“eu não tenho escrúpulos”) e enganador do povo (“o que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde”). Além disso, Ricupero foi membro do Conselho de Administração da Odebrecht de 2004 a 2018, durante o auge dos escândalos de corrupção.Será que, como membro do Conselho administrador desse ninho de corrupção nacional e internacional, durante 14 anos, Rubens Ricupero aplicou ali os seus elevados princípios morais? Será que teve escrúpulos?