Governadores do Nordeste também querem impeachment
Foto: Agência Brasil
Dois governadores do Nordeste defenderam o impeachment de Jair Bolsonaro após a demissão de Sergio Moro (Justiça).
Em video enviado a colegas, Wellington Dias (PT-PI) afirma que “é impeachment ou renúncia”.
“A situação é grave e o presidente Bolsonaro perdeu a capacidade de liderar o país”, disse. “Há crimes em investigação no Congresso Nacional e no STF, agora ou é renúncia ou é o impeachment. Não há escolha, é o Brasil que tem que ser colocado em primeiro lugar.”
No Twitter, Flavio Dino (PC do B-MA) fez referência ao processo que culminou com o afastamento de Fernando Collor de Mello em 1992.
“Moro está para Bolsonaro como o Fiat Elba esteve para Collor. A prova que faltava. Agora não falta mais.”
Outros governadores fizeram críticas nas redes sociais à demissão de Moro, mas evitaram falar de impeachment.
“Mais grave que a mudança no Min da Justiça, são os fatores alegados pelo ministro para essa mudança. Órgãos de controle e investigação como a Polícia Federal, devem estar blindados de interferências políticas e atuar sempre com autonomia e isenção, imprescindíveis numa democracia”, escreveu Camilo Santana (PT-CE).
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse que o presidente tem dificultado o enfrentamento do coronavírus com a geração espontânea de crises políticas, indicando isolamento e baixa capacidade de liderar o país.
“Na hora em que a opção do impeachment vem à tona mostra o isolamento em que o presidente se colocou. Isolamento não apenas político mas também na sociedade”, disse.
A decisão, entretanto, cabe à análise dos partidos, disse o gestor.
Carlos Moisés (PSL-SC) aproveitou para deixar no ar um convite a Moro.
“Brasileiros perdem com a saída de @SF_Moro do @JusticaGovBR. Moro é sinônimo de luta contra a corrupção, condição essencial para a construção de um melhor. Lamento. Seu trabalho sempre foi correto e ético. Agradeço as parcerias com #SantaCatarina. Será bem vindo aqui!”