Governo defenderá máscaras para quem não está doente
Foto: Willian Moreira/Futura Press/Estadão Conteúdo
Algumas pessoas que não trabalham diretamente na área da saúde ou que não têm os sintomas de coronavírus devem receber a indicação para usar máscaras. Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a equipe da pasta prepara um protocolo, orientando a produção de máscaras de TNT.
O material é poroso e pode ser fabricado em grande quantidade. Mandetta disse que essa máscara pode ser usada por uma série de pessoas que precisam de uma barreira por causa da profissão.
Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda que apenas profissionais de saúde e pessoas com coronavírus ou com sintomas da doença devam usar máscaras. O ministro Luiz Henrique Mandetta também falou sobre um estudo que será publicado em breve sobre os efeitos da cloroquina no tratamento da covid-19.
Ele disse que a pesquisa indica que o medicamente tem reduzido o tempo médio de permanência de pacientes em Centros de Terapia Intensiva. Um estudo brasileiro também vai testar a eficácia contra a covid-19 de medicamentos já conhecidos e usados para outras doenças. Entre ele estão a cloroquina e a azitromicina.
A pesquisa será realizada por hospitais e instituições de saúde que criaram a “Coalizão Covid Brasil”. Cerca de 60 hospitais participarão das pesquisas, que testarão os remédios em pacientes internados com coronavírus.
A expectativa é que os primeiros resultados sejam apresentados entre 60 e 90 dias.
A Beneficência Portuguesa de São Paulo integra esse grupo. A coordenadora de UTI do hospital, Viviane Cordeiro da Veiga, reforça que medicamentos ainda estão sendo testados e não há indicação de uso deles pela população.
Na coletiva, Mandetta reforçou que a Organização Mundial da Saúde recomenda o distanciamento social e que o ministério tem o mesmo posicionamento. O ministro ainda disse que a pasta está usando a tecnologia como aliada no combate à doença.
Ele disse que começaram a ser disparadas ligações em massa para a população. A ideia é telefonar para 125 milhões de pessoas.
Um robô vai fazer perguntas, para poder ver, por exemplo, quem faz parte de grupos de risco, ajudando o Ministério da Saúde a monitorar melhor o avanço da pandemia.