Joice diz que Moro sai por causa de Flávio e Queiroz

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Foto: Reprodução/Istoé

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) escreveu hoje que uma suposta troca no comando da PF (Polícia Federal), que teria sido alvo de resistência do ministro da Justiça, Sergio Moro, veio no momento em que se aprofundam investigações a respeito do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Junte as pontas. Jair Bolsonaro manda demitir Valeixo (Maurício Valeixo, diretor geral da PF), escolhido por Moro depois que: 1- A PF chegou ao centro e aos financiadores das milícias digitais; 2- Bolsonaro negociou o governo com Bob Jefferson e Valdemar; 3 – a corda aperta o pescoço do filho Flávio no caso Queiroz”, escreveu ela no Twitter nesta tarde.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o ministro pediu demissão a Bolsonaro nesta tarde ao ser informado pelo presidente da decisão de trocar a diretoria-geral da PF, ocupada por Valeixo, homem de confiança de Moro.

Junte as pontas. @jairbolsonaro manda demitir Valeixo, escolhido por Moro depois que:

1- A PF chegou ao centro e aos financiadores das milícias digitais.

2- Bolsonaro negociou o governo com Bob Jefferson e Valdemar.

3 – a corda aperta o pescoço do filho Flávio no caso Queiroz.

— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) April 23, 2020
Bolsonaro já havia ventilado a possibilidade de tirar Valeixo do cargo anteriormente. A deputada disse que o presidente voltou a cogitar a demissão após a PF ter descoberto “como funciona a milícia digital da gangue do poder e quem patrocina” e que o intuito do governo seria “escantear Valeixo para segurar o escândalo.”

Mas a grande pergunta é: pq @jairbolsonaro voltou com essa história de tirar Valeixo, homem forte do @SF_Moro na PF? Simples: a Polícia Federal descobriu como funciona a milícia digital da gangue do poder e quem patrocina. Então, quer escantear Valeixo para segurar o escândalo.

— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) April 23, 2020
A deputada é autora de uma das biografias de Moro e uma das defensoras da atuação do ministro enquanto juiz da Lava Jato em Curitiba. Em outras postagens, também publicadas nesta tarde, ela defende que o ex-juiz se candidate à presidência da República na eleição de 2022.

Uol