Ministério da Saúde gastou com remédio inconclusivo
Foto: GENIVAL FERNANDEZ/AGÊNCIA PIXEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O Ministério da Saúde distribuiu 500 mil comprimidos de cloroquina entre estados do Brasil. A decisão foi no dia 27 de março, antes da discussão sobre o uso do remédio chegar ao atual nível de politização.
A recomendação da pasta autoriza a utilização do medicamento em casos críticos e graves (internados que não estejam ainda intubados). A maioria dos secretários estaduais decidiu adotar a droga, segundo o presidente do conselho que reúne os representantes da Saúde do país.
“Para nós, é uma questão sobre a qual já existia consenso e já pacificada. Não é político-ideológica. Quase todos os estados têm adiantado o uso da cloroquina para pacientes internados”, diz Alberto Beltrame, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e secretário de Saúde do Pará.
São Paulo, que tem o maior número de mortes do Brasil (428), foi o estado que recebeu mais comprimidos, 170 mil. O segundo foi o Rio de Janeiro, com 74 mil. “A recomendação é que os hospitalizados recebam os medicamentos o mais precocemente possível após a internação”, disse Fábio Vilas-Boas, secretário da Bahia.