Nordeste tem parada mais profunda na economia
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Dados apresentados a governadores e prefeitos de pagamentos feitos com máquinas de cartão na última semana mostram que estados do Nordeste estão sofrendo mais com a retração nas vendas do que os do Sul e Sudeste. As informações indicam que a perda de receita desses gestores também será mais aguda.
A média nacional de recuo está em torno de 35%, mas as vendas nos estados do Nordeste tiveram redução de 40%. Em Piauí e Paraíba, a retração foi próxima a 60%.
Dos dez estados com maior retração nas maquininhas, oito ficam no Nordeste. Rio e Santa Catarina completam a lista.
Os dados já foram informados a Rodrigo Maia (DEM-RJ) e líderes da Câmara, que discutem a aprovação de um plano de socorro financeiro a estados e municípios, com repasse direto de verba federal e também com ampliação do endividamento.
O economista José Roberto Afonso, especialista em contas públicas, arrisca uma explicação para a queda mais vertiginosa no Nordeste. Com uma parcela maior da economia na informalidade, eles são os mais afetados pela restrição de pessoas nas ruas.
Dessa forma, a menor mobilidade parece afetar, segundo o economista, com mais intensidade estados mais pobres (mais informais) e prefeituras mais ricas (mais dependentes da arrecadação de ISS do que de repasses do governo federal).