O jogo de empurra sobre as loucuras de Bolsonaro

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Foto: Donald Trump Isac Costa/PR

O coronavírus aumentou o jogo de empurra no cenário político brasileiro, na avaliação de integrantes do Congresso, do Ministério Público e do Judiciário. Fora a condução desastrada de Jair Bolsonaro, autoridades têm se esquivado de responsabilidades. No Executivo, o discurso é de que a demora na ação se dá por culpa do Legislativo. No Congresso, reclama-se das atitudes do presidente da República e se cobra ação da Procuradoria-Geral da República que, por sua vez, também passa a bola.

O ponto mais crítico do momento é o que envolve a Economia. Depois de a Advocacia-Geral da União ter conseguido uma liminar no STF que autoriza gastos emergenciais durante a crise, o ministro Paulo Guedes segue dizendo que não tem como viabilizá-los sem que o Congresso aprove uma PEC.

De outro lado, a PGR tem sido pressionada a se posicionar contra Bolsonaro, inclusive para pedido de afastamento. Entre membros da procuradoria-geral, no entanto, a cobrança é vista como uma tentativa de transferir responsabilidades que são do Congresso, que poderia agir por conta própria.

Na avaliação de integrantes do Judiciário e de governadores, o Legislativo tem sido complacente com as ações de Bolsonaro. Por esta análise, o impeachment não seria a única solução e parlamentares deveriam tomar medidas para dar um freio no presidente.

A crítica do empurra-empurra também atinge outras lideranças políticas. Os ex-presidentes Lula e FHC e o apresentador Luciano Huck são cobrados por se esquivarem em momento delicado do país.

Huck ainda entrou na mira da opositores depois dos comerciais da Magazine Luiza, em que recomenda que as pessoas comprem virtualmente na rede de varejo e fala de frete grátis. A avaliação é que faltou sensibilidade.

Folha