Planeta tenta expurgar o homem, diz ator
Foto: Ronaldo Nina
Marcos Palmeira está em Teresópolis, dedicando-se ao abastecimento da cidade com produtos orgânicos. Junto com a equipe da fazenda Vale das Palmeiras, ele começou a aceitar pela primeira vez, direto dos moradores, encomendas de verduras e laticínios pela internet. Ele conta que a procura por orgânicos aumentou 25% desde o início da pandemia. Marcos também participa do projeto @organicosolidario, e, junto com outros produtores, está doando cestas com produtos orgânicos para famílias de comunidades do Rio. A meta é beneficiar dez mil famílias com alimentos saudáveis e livres de agrotóxicos e pesticidas. Para falar sobre agricultura saudável e um cadinho de sua vida, Marcos Palmeiras bate um papo com a coluna.
Como está a sua rotina na quarentena?
Estou aqui na fazenda, em Teresópolis, tentando equilibrar a minha vida urbana com a rural. As coisas estão acontecendo com uma rapidez muito grande, surpreendente. O vírus pra mim é o expurgo de um planeta doente. E, para tentar nos proteger, temos que focar na imunidade por meio de uma boa alimentação. Temos que trazer esse olhar para dentro, para a gente enxergar que país que queremos, que consumidores somos nós queremos ser desse mundo.
Qual a importância do comércio local?
Ser um produtor regional e local era o meu intuito desde o início. Esse consumo local de vender e comprar do vizinho. É uma filosofia da Vale das Palmeiras. Nós, agora, conseguimos olhar os grandes e os pequenos atacadistas.
E os seus projetos artísticos?
Estou trabalhando na adaptação do livro “Dez amores”, de Pedro Ayres, para uma série de TV. É a história de um escritor que escreve contos, que acabam interferindo na sua própria vida. Um romance. Queremos falar de amor. E sigo fazendo terapia on-line, tentando melhorar como pessoa e como ser humano e focado em melhorar também a qualidade de vida não só das pessoas que trabalham pra mim, mas das que dependem desse trabalho.