Trabalhadores contam os dias para receber ajuda do governo
Foto: ROBERTO MOREYRA / Agência O Globo
A pandemia do novo coronavírus tem deixado ruas e despensas vazias. Na terceira semana desde o início do isolamento social, trabalhadores autônomos e informais já começam a não ter condições de arcar com despesas básicas.
Impossibilitados de trabalhar, seja pelas limitações no transporte público, fechamento do comércio ou por atender às recomendações de ficar em casa, eles esperam agora pelo auxílio de R$ 600 prometido pelo governo, mas temem que a ajuda chegue muito tarde.
Inicialmente, o governo federal havia proposto o pagamento de R$ 200 para esses trabalhadores. Na Câmara, porém, o valor subiu para R$ 600, em votação na última sexta-feira. O texto foi encaminhado ao Senado, que aprovou imediatamente, na segunda-feira, e enviou o projeto para sanção do presidente Jair Bolsonaro. A assinatura saiu na noite de ontem.
Na terça-feira, o ministro da Cidadania Ônyx Lorenzoni afirmou que a intenção era começar a pagar o auxílio no dia 16 de abril, e, mesmo assim, de forma escalonada, começando pelos que recebem o Bolsa Família, seguidos daqueles que estão no cadastro único do governo, autônomos que contribuem para o INSS e microempreendedores individuais (MEIs) e, por fim, aqueles que não estão em cadastro algum (maioria dos informais).
Segundo técnicos do governo, a falta de conhecimento do universo dos trabalhadores informais e a necessidade de criar uma estrutura de distribuição inédita são entraves para acelerar o pagamento.