Aras intensifica militância pró Bolsonaro
Foto: Jorge William / Agência O Globo
O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou que três procuradores acompanharão o depoimento do ex-ministro da Justiça Sergio Moro à Polícia Federal e as demais diligências no processo aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar as acusações feitas por ele contra o presidente Jair Bolsonaro.
Os procuradores da República João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita farão esse trabalho. Essa medida foi tomada após o ministro Celso de Mello, do STF, decidir que a Polícia Federal tome o depoimento de Moro em até cinco dias. O prazo anterior era de 60 dias.
Aras também se manifestou contra um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para que o celular da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) fosse apreendido e periciado. Segundo ele, é “inadmissível a intervenção parlamentar nos presentes autos”.
“Isso porque, como sabido, a legislação processual não contempla a legitimação de terceiros para a postulação de abertura de inquéritos ou de diligências investigativas relativas a crimes de ação penal pública”, afirmou Aras.
Em entrevista à revista Veja, o ex-ministro Moro disse que vai entregar provas ao STF sobre as acusações.
“Reitero tudo o que disse no meu pronunciamento. Esclarecimentos adicionais farei apenas quando for instado pela Justiça. As provas serão apresentadas no momento oportuno, quando a Justiça solicitar”, disse Moro.